A Polícia do Rio vai indiciar o rapper Oruam por associação ao tráfico de drogas, pela ligação do rapper com a facção Comando Vermelho. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 22, pelo secretário da corporação, Felipe Curi. Na madrugada, agentes estiveram na porta da casa do cantor para cumprir um mandado contra um menor que estaria no local.
O menor, de 17 anos, é acusado por roubo. Na tentativa de apreendê-lo, os agentes estacionaram na porta da casa de Oruam, dando início à uma confusão. Incomodado com a presença dos policiais, o rapper convocou apoiadores para que fossem até a sua casa. Os agentes chegaram a apreender o menor, que conseguiu fugir depois que pedregulhos foram atirados contra os policiais e contra a viatura em que ele estava.
Nas redes sociais, Oruam disse que o delegado que já havia o prendido chegou a colocar uma pistola em sua cara. Depois, disse já estar no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. “Quero ver vocês virem me pegar aqui dentro do Complexo. Aqui vocês peidam. Lá no Joá (onde fica a casa do rapper) vocês vão me envergonhar, mesmo. Agora vão inventar vários bagulhos na internet. Mas o que nós fez? Nós é artista”, afirmou.
Em entrevista à TV Globo, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que Oruam será “indiciado, no dia de hoje, por associação para o tráfico de drogas, por ligação direta dele com a facção criminosa Comando Vermelho”.
“Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha. Gravou um vídeo que é uma confissão. Trata-se de um marginal faccionado ligado à facção Comando Vermelho. E desafiando as autoridades de segurança pública a irem até lá para fazer a captura dele. Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, disse Curi.
Filho do traficante Marcio dos Santos Nepomuceno, Oruam tem uma tatuagem em homenagem ao pai e tem como uma de suas bandeiras a liberdade do líder do Comando Vermelho. Preso desde 1996, Marcinho VP está próximo de cumprir a totalidade de sua pena e pode ser solto nos próximos meses.
