Um investigador da Polícia Civil do Amazonas foi afastado e se tornou alvo de um processo administrativo disciplinar na Corregedoria da corporação por ter mantido relações sexuais com ao menos cinco detentos. O caso aconteceu na cidade de São Gabriel da Cachoeira, que fica na margem do Rio Amazonas, próxima da fronteira com a Venezuela. A cidade tem cerca de 51 mil habitantes.
Em nota divulgada no último sábado, 18 (leia a íntegra ao final), a polícia disse que “não compactua com quaisquer desvios de conduta”. De acordo com informações da imprensa local, o episódio teria acontecido depois de o investigador frequentar uma festa. Ele teria ido embriagado até a delegacia de São Gabriel, onde há uma carceragem com presos provisórios.
Sob efeito de álcool e armado, o investigador teria mantido relações sexuais com cinco homens detidos na unidade, que acabaram tomando o revólver dele. No dia seguinte, o caso foi revelado ao delegado que cuida da unidade. A arma do investigador foi devolvida. A identidade do investigador, assim como dos presos envolvidos com o episódio, foi mantida sob sigilo.
Além de estar afastado e responder a um processo disciplinar administrativo — que pode levar a sanções como advertência, suspensão e até a demissão do cargo de investigador –, o policial que protagonizou o episódio ainda pode responder criminalmente pela ocorrência. Pela legislação brasileira, é possível a responsabilização administrativa e penal pelo mesmo fato.
Leia a íntegra da nota da Polícia Civil do Amazonas
Procurada pela reportagem, a Polícia enviou a seguinte nota a VEJA:
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informa que as informações veiculadas estão sendo apuradas no município de São Gabriel da Cachoeira e o caso já foi devidamente encaminhado à Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas. A instituição também ressalta que o investigador foi afastado de suas funções e reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta.