A Polícia Civil de São Paulo revelou nesta quinta-feira, 18, os nomes dos suspeitos de estarem envolvidos com o assassinato do ex-delegado-chefe da corporação Ruy Ferraz Fontes. Uma mulher está presa preventivamente e dois homens estão sendo procurados.
A mulher que foi presa é Daésley Pires. Segundo a Polícia, ela teria transportado um dos fuzis usados no crime da Praia Grande, onde Fontes foi assassinado, para Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Ela confessou que fez o transporte a mando de uma pessoa, mas o nome desse suposto mandante não foi revelado.
Os dois homens que estão sendo procurados são Flávio Henrique Ferreira de Sousa e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masqueirano” — ele consta nos registros da polícia como membro do Primeiro Comando da Capital, o PCC, e coleciona passagens policiais. Ele tem registros por roubo, tráfico de drogas e ato infracional, quando ainda era adolescente. A Justiça expediu mandados de prisão em nome dos dois, mas eles ainda não foram localizados.

Linhas de investigação
A Polícia trabalha com duas linhas de investigação no caso. Uma é de que Fontes teria sido assassinado como vingança por conta das investigações sobre o PCC. Nos quarenta anos em que esteve na Polícia Civil de São Paulo, ele foi pioneiro em operações que desarticularam a organização criminosa. A primeira prisão de Marcola, líder do PCC, partiu de Fontes.
Como um dos suspeitos é faccionado, essa é a hipótese mais forte por enquanto. “Para nós, não resta dúvidas de envolvimento do PCC”, disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, a jornalistas nesta quinta.
A outra hipótese com que a Polícia trabalha é que o assassinato poderia estar ligado ao trabalho de Fontes na prefeitura de Praia Grande, onde ele atuava como secretário. O delegado aposentado andava sem escolta policial e conduzia, no momento do assassinato, o veículo de sua esposa, que não era blindado.