Depois de participar de alguns compromissos oficiais de ministros do governo Lula no interior do Rio de Janeiro, Janja encontrou um espaço na agenda, na última sexta-feira, para um “respiro” fazendo compras no Shopping Leblon.
Além de todo o dinheiro disponível no cartão corporativo da Presidência da República, Janja casou-se com Lula quando o petista já acumulava milhões de reais nas contas bancárias, segundo dados descobertos pela Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato.
Conquistada a partir de palestras pagas por empreiteiras investigadas por corrupção e empresas com interesses nos governos petistas, a fortuna de Lula torna natural o desejo da primeira-dama de frequentar espaços de elite.
O passeio de Janja se dá, no entanto, num momento em que Lula coloca todas as suas fichas no retorno do personagem “pai dos pobres” e no resgate do discurso do “nós contra eles”, para justificar o aumento de imposto pretendido com o IOF.
Um momento em que o eleitorado se afasta do petismo por causa da escalada de preços nos supermercados e de promessas não cumpridas pelo petista, como garantir ao trabalhador a picanha com cervejinha.
Lula tenta convencer o eleitor de que busca defender os pobres ao combater privilégios das elites, mas é boicotado pelo Congresso defensor de uma certa “indústria de lobby” dos ricos.
A estratégia já foi vitoriosa em outras eleições, mas não combina com o passeio de Janja pelo Leblon.