Há alguns anos, os fios de sustentação conquistaram espaço nos consultórios dermatológicos e se firmaram como uma das alternativas mais modernas para quem busca um efeito lifting sem recorrer ao bisturi. Agora, com o avanço das tecnologias e o aprimoramento das técnicas, esse procedimento estético não invasivo volta aos holofotes com novas promessas. Entre elas, maior durabilidade, resultados mais naturais e aplicações cada vez mais seguras e personalizadas.
A novidade da vez é o Light Lift, da linha Aptos, do Grupo Ilikia. Desenvolvido nos Estados Unidos, o fio acaba de chegar ao Brasil e tem como diferencial a capacidade de tratar a flacidez do rosto e também do pescoço, uma área bastante difícil. “A partir dele, foi possível desenvolver uma técnica chamada Hammock – ou rede, em inglês – para tratar a flacidez da papada. E como o nome já diz, o que se faz é uma espécie de cruzamento de fios no local para tracionar e reposicionar a pele”, explica a dermatologista Karine Cade, da Clínica Otávio Macedo e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Segundo ela, tanto esse tipo de fio quanto a técnica são uma evolução na dermatologia. “É uma tecnologia muito avançada e traz resultados excelentes”, diz Karine.
A linha Aptos faz parte de uma gama de produtos chamados fios híbridos. Compostos de ácido polilático (PLA) e policaprolactona (PCL), combinam materiais e são tendência na área porque aliam tração e estímulo de colágeno em uma única aplicação. Além disso, foram desenvolvidos para tratar necessidades específicas do paciente. “Há produtos para flacidez leve, moderada ou grave. Nós chamamos esses fios de ‘linhas de colágeno’, de tão diferenciados que são”, afirma a médica. “Eles se destacam pela composição, tempo de reabsorção e estímulo de colágeno, que dura até dois anos”, explica a dra. Karine.
Efeito progressivo
É importante lembrar que os fios são biocompatíveis, ou seja, absorvíveis pelo organismo. E são inseridos sob a pele (no tecido subcutâneo superficial) para tracionar e reposicionar tecidos que sofreram com a flacidez. Eles também estimulam a produção de colágeno ao longo do tempo, promovendo um efeito bioestimulador progressivo.
“Hoje, os fios não são mais aplicados com o objetivo de puxar excessivamente a pele, e sim de reestruturar e redesenhar o contorno facial de forma sutil”, afirma Karine. No rosto, são aplicados principalmente nas regiões da mandíbula, bochechas, sobrancelhas e pescoço. “Eles podem ser usados também no corpo para melhorar a flacidez dos braços, interno de coxas, joelhos e abdômen, para tratar o chamado ‘umbigo triste’”, diz Karine.
A aplicação é feita com anestesia local e dura cerca de 30 a 60 minutos. A recuperação costuma ser rápida e os resultados aparecem de forma progressiva, atingindo seu pico entre 30 a 90 dias após o procedimento. “É um procedimento seguro e com pouca dor e pouco edema no pós. A recuperação é rápida e os resultados são bem naturais”, diz a médica.
Os fios são indicados para pessoas a partir dos 30 anos que já notam os primeiros sinais de flacidez, mas ainda não querem ou não podem recorrer a um lifting cirúrgico. Importante lembrar ainda que os fios podem ser associados a outros tratamentos para que tenham resultados ainda melhores.