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Planos de saúde: ANS aprova primeira cirurgia robótica com cobertura obrigatória

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação da primeira cirurgia robótica a ser ofertada pelos planos de saúde. Indicada para pacientes com câncer de próstata, a prostatectomia radical assistida por robô foi incluída ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e estará disponível a partir de abril de 2026.

O procedimento é considerado o método mais avançado para o tratamento do tumor que afeta mais de 71,3 mil homens no Brasil todos os anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Um passo importante na modernização da saúde suplementar, ampliando o acesso a tecnologias que oferecem melhores resultados clínicos e mais qualidade de vida aos pacientes”, disse, em nota, Wadih Damous, presidente da ANS.

A agência seguiu a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), publicada em outubro e que deu prazo de 180 dias para adequação para oferta do serviço. Na rede pública, há 40 plataformas robóticas em operação e, a partir da incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS), os planos de saúde também devem oferecer a opção, conforme previsto pode lei.

A oferta do procedimento é vista como positiva, pois estudos já comprovam que, além de ser eficaz e segura, a cirurgia robótica em casos de câncer de próstata é mais precisa e traz outros benefícios para o paciente.

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“Possibilidades como redução do volume de sangramento, tempo de internação, complicações cardíacas e vasculares, bom como redução dos índices de incontinência e impotência sexual são objetivos absolutos dessas novas técnicas da uro-oncologia”, explica o urologista e uro-oncologista Marcelo Bendhack, presidente da Sociedade Latino-Americana de Uro-oncologia (Urola) e especialista pela Sociedade Brasileira de Urologista (SBU). O risco de disfunção erétil, inclusive, faz com que muitos pacientes temam as consequências do procedimento cirúrgico.

Bendhack completa que a incorporação pode abrir caminho para a entrada de outras terapias no rol. “A iniciativa deve ter sucesso na implementação de novas tecnologias robóticas, de terapias celulares e de biologia molecular para todos aqueles com uma doença neoplásica maligna possam ter uma melhor qualidade de vida ao lado da eliminação da sua doença.”

Desafios da oferta da cirurgia robótica

A ANS ponderou que, mesmo com as evidências científicas dos benefícios da técnica, há um gargalo: a necessidade de distribuir a tecnologia pelo país, pois os robôs estão concentrados das regiões Sudeste e Sul.

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“A efetividade da medida depende de uma implementação estruturada. Nosso foco é orientar o setor para que a incorporação da tecnologia ocorra com segurança, qualidade assistencial e condições adequadas de oferta aos beneficiários”, complementou, em nota, Lenise Secchin, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

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