A fala de Zezé di Camargo contrária à presença do presidente Lula e do ministro do STF, Alexandre de Moraes, na inauguração do SBT News, há uma semana, soa como esdrúxula a partir do momento em que um artista tenta censurar a exibição da sua própria obra, no caso o especial de Natal gravado pelo cantor para um público de televisão aberta. Isso porque a emissora atende a todo tipo de telespectador, não visando unicamente a um público de direita ou de esquerda, como poderia pensar de forma “inocente” o experiente sertanejo.
Zezé, alinhado com o bolsonarismo praticado em redes sociais, apenas ajuda a espalhar o ódio e a distanciar ainda mais os lados opostos dos eleitores. Entre eles, seus fãs de diferentes pensamentos críticos. Algo totalmente inconcebível diante da função de uma TV aberta e da trajetória que o próprio Silvio Santos impregnou em sua emissora, ao receber vários ex-presidentes da República no exercício da função e na importância do convite a tantas autoridades para celebrar a chegada do SBT News. Quem um dia cantou “é o amor”, hoje berra pelo dissabor. Zezé se apequenou.
