A demissão de Rinaldi Faria do SBT expôs conflitos internos que a emissora vinha tentando varrer para debaixo do tapete. Bastou o anúncio de seu desligamento para que ex-colegas começassem a lavar roupa suja publicamente, transformando as redes sociais em palco de indiretas, desafetos antigos e relatos de bastidores.
O produtor do Programa do Ratinho, Murilo Bordoni, foi bem sincero ao revelar durante entrevista a uma rádio que ficou feliz com a demissão de Rinaldi, que não era “benquisto”, segundo ele. “Eu fiquei feliz que ele foi mandado embora, sim. Porque não era um cara que gostava do SBT. Ele queria o SBT para ele”, afirmou Bordoni.
Outros preferiram o caminho do deboche. Na noite do anúncio, Danilo Gentili lançou uma ironia direcionada ao criador de Patati e Patatá: “Se você quer sumir, fale com o Patati. Se você quer chorar, fale com o Patatá”. Ratinho também entrou na onda: ao vivo, ajoelhado ao lado de participantes do programa, agradeceu à família Abravanel por “permanecer” na emissora, numa referência direta à polêmica.
Até a família de Silvio Santos resolveu marcar presença na troca de farpas pública. Dory Abravanel, sobrinha do apresentador e produtora executiva do canal, compartilhou a notícia celebrando a demissão com um sonoro: “gratidão, meu Deus”.
O SBT, por outro lado, tentou levar o episódio para o caminho da institucionalidade, divulgando nota em que afirmava que a saída ocorreu “em comum acordo”. Rinaldi também recorreu às redes para se defender, alegando não ter “interesse em cargo, vaidade ou exposição” e dizendo ter mantido uma postura “discreta” durante seu período na casa.
E, para fechar com “chave de papelão”, a presidente do SBT, Daniela Beyruti, resolveu se pronunciar. Não para apaziguar ânimos, mas para engrossar o caldo azedo. Em vez de administrar a crise internamente, foi às redes assegurar que “não gosta de injustiças” e rebater os rumores, ampliando ainda mais o ruído em torno de uma demissão que, pelo visto, está longe de ser apenas o fim de um ciclo.