Investidores devem ter algum trabalho com a divulgação de indicadores importantes antes da pausa para o Natal. Os EUA anunciam a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre, ainda atrasado após o shutdown da máquina pública.
Projeções coletadas pela agência Reuters indicam que a economia americana cresceu 3,3% na taxa anualizada (o que significa, na prática, projetar para os trimestres seguintes a mesma taxa de crescimento do PIB do trimestre). Trata-se de uma desaceleração na comparação com o segundo trimestre, quando o PIB anualizado avançou 3,8%.
A expansão da atividade, de acordo com economistas, tem sido sustentada pelos investimentos em inteligência artificial, mas a pressão da alta da inflação pode ter afetado o consumo das famílias mais pobres. Os EUA divulgam junto com o PIB a inflação trimestral medida pelo PCE.
No Brasil, o indicador de destaque é justamente a inflação. O IBGE divulga logo mais, às 9h, o IPCA-15, considerado prévia da inflação oficial, isso enquanto existe a expectativa de que os preços continuem cedendo para dentro da meta do Banco Central, que é de 3% ao ano, com tolerância de até 4,5%.
À espera dos indicadores, os futuros das bolsas americanas amanhecem perto da estabilidade, enquanto, na Europa, os principais índices operam sem direção única. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, avança, apontando para um pregão positivo nesta terça-feira.
No campo político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso por tentativa de abolição do Estado de Direito, concede entrevista pela primeira vez após a prisão e pode influenciar os mercados antes do Natal. A bolsa brasileira fecha nos dias 24 e 25 e retoma as atividades na sexta-feira.
(Por Tássia Kastner)