As provas da Polícia Federal contra o pastor Silas Malafaia mostram que o líder bolsonarista praticou, segundo investigadores, “ações coordenadas para coagir autoridades brasileiras” envolvendo-se, portanto, na trama que envolve crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Nas palavras dos investigadores, Malafaia “atuou em ações de criação, produção e divulgação de ataques a ministros do STF, de forma previamente ajustada, por multicanais, em alto volume e direcionado a parcela do público sobre sua influência, condutas equiparadas às Milícias Digitais”.
Ao analisar as provas da PF, a PGR de Paulo Gonet não só referendou as medidas contra o pastor como atestou a gravidade do material encontrado. Para a Procuradoria, a investigação da PF está “encorpada” com provas da “atuação ilícita de Malafaia”.
O líder evangélico é descrito como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução” de Justiça. Se for indiciado nos mesmos termos aplicados a Eduardo Bolsonaro e ao ex-presidente por envolvimento na mesma trama, o pastor poderá ser julgado por crimes que superam os 10 anos de prisão.
