O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve apresentar na semana que vem a denúncia contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, segundo interlocutores. O filho do ex-presidente está sendo investigado por obstrução de justiça no processo da trama golpista que acontece no Supremo Tribunal Federal.
A PGR afirma que o parlamentar estaria articulando sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes numa tentativa de coagir o STF. O deputado se mudou para os EUA para buscar ajuda internacional para conter uma suposta perseguição política contra Bolsonaro.
Na carta em que o presidente Donald Trump divulgou para anunciar a taxação de produtos brasileiros em 50%, a justificativa se dá, principalmente, por questões políticas e cita injustiças do judiciário brasileiro contra o ex-presidente. Após a medida, o filho do ex-capitão agradeceu ao norte-americano.
“Obrigado, presidente Donald J. Trump. Espero que as autoridades brasileiras agora tratem esses assuntos com a seriedade que merecem. O Brasil não pode — e não vai — se tornar outra Venezuela, Cuba ou Nicarágua. Deus abençoe os Estados Unidos, Deus abençoe o Brasil”, escreveu Eduardo.
Segundo interlocutores de Gonet, já há elementos públicos suficientes que provam a atuação ilícita do deputado. O parlamentar é suspeito de ter cometido os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na última quarta-feira 9, Moraes decidiu incluir uma nova publicação de Eduardo no inquérito. A mensagem foi postada no último dia 29 sobre a manifestação de Bolsonaro na avenida Paulista. ‘A única maneira de o Brasil se alinhar com o Ocidente é por meio de Jair Bolsonaro — por meio de sanção contra Moraes’.