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PF usou áudio para justificar pedido de busca contra chefe da CBF

A Polícia Federal (PF) usou uma citação ao presidente da CBF, Samir Xaud, em um áudio do empresário Renildo Lima, marido da deputada Helena da Asatur (MDB-RR), para justificar a inclusão do cartola entre os alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos em operação nesta quarta-feira. O Ministério Público Federal (MPF) havia se manifestado contra a batida policial em endereços de Xaud. 

A PF investiga um suposto esquema de compra de votos nas eleições municipais em Roraima no ano passado. À época do pleito, Xaud era secretário-adjunto de Saúde de Boa Vista na gestão do prefeito Arthur Henrique (MDB), que acabou reeleito.

“Agora nós estamos mais fortes, graças a Deus, porque eu e Helena tivemos o cuidado de colocar nas superintendências políticos que já foram testados nas urnas e bem votados, por exemplo, o Samir teve 5.000 votos (quando se candidatou a deputado federal em 2022), então o pedido dele, pelo menos 500 ele consegue”, disse Renildo Lima em áudio para um candidato a vereador em 2024.

Segundo a PF, o empresário cita o hoje presidente da CBF na gravação “expressamente” como “parte do núcleo político do grupo” investigado.

A decisão que autorizou a Operação Caixa Preta, deflagrada nesta quarta, expõe a suspeita da Polícia Federal de que Xaud teria sido “nomeado estrategicamente a cargo de direção, sendo utilizado para captação de votos em benefício do grupo, uma vez que a frase sugere que suas indicações seriam revertidas em votos para os candidatos aliados, indicando possível utilização de sua função pública para favorecimento eleitoral, conduta que, em tese, configura abuso de poder político e captação ilícita de sufrágio”.

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Depois da operação, a CBF divulgou nota em que afirma ter sido alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal a partir de uma investigação de crimes eleitorais envolvendo o presidente da entidade.

A autoridade máxima do futebol brasileiro diz que não é alvo das investigações determinadas pela Justiça Eleitoral e sustenta que Xaud “não é o centro das apurações”.

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