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PF ouve, nesta semana, advogados de Bolsonaro sobre contatos com Cid

Chamados a depor sobre acusações levantadas pela família de Mauro Cid, Fábio Wajngarten, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, e o advogado Paulo Cunha Bueno, que defende o ex-presidente na ação da trama golpista no STF, serão interrogados pela Polícia Federal nesta semana.

As oitivas dos dois estão marcadas para terça-feira, na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.

Segundo a defesa de Mauro Cid revelou agora ao STF, a mãe, a mulher e uma filha menor de idade do delator foram procuradas, ainda em 2023, por Wajngarten e Bueno.

Agnes Cid, mãe do delator, disse que eles queriam que Cid tivesse a mesma defesa de Bolsonaro no processo do golpe: “Essas tentativas de aproximação eram muito constrangedoras, porque eu sabia o que eles queriam, basicamente, que trocássemos de advogados e que fossem todos ligados a uma única defesa”. 

Os fatos narrados pela mãe do delator foram entregues ao STF por escrito. Gabriela, mulher de Cid, também entregou uma declaração assinada em que sustenta ter recebido telefonemas de Wajngarten “diversas vezes”, mas que não atendia essas ligações. Só atendeu a pedido da filha, de 14 anos, porque ela também era alvo das “ligações constantes e insistentes” dele.

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“Isso aconteceu assim que Mauro passou a ser defendido pelo Dr. Cezar Bitencourt. Ele me dizia que tinham diversos advogados muito melhores, que poderiam fazer a defesa dele”, diz o relato de Gabriela.

A filha de Cid entregou o próprio celular aos investigadores da PF para que as provas sejam colhidas no aparelho.

Moraes determinou o depoimento da dupla de advogados dentro do inquérito que investiga as mensagens clandestinas trocadas por Mauro Cid com o advogado Eduardo Kuntz, por meio do Instagram, em que o delator revela detalhes de sua colaboração, critica a atuação do ministro do Supremo e a conduta dos delegados da Polícia Federal.

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Cid nega ter usado a rede social, ainda que VEJA tenha revelado as mensagens, áudios e até uma fotografia tirada por ele durante esses contatos. Todo o material foi levado ao Supremo pelo advogado Kuntz.

 

 

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