Uma operação da Polícia Federal mira nesta quarta-feira, 10, um esquema de desvio de recursos federais para a saúde através de contratos firmados entre uma organização social e prefeituras do Rio de Janeiro. A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um total de R$ 1,6 bilhão pago a essa entidade, sendo R$ 91 milhões de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a PF, entre os municípios que firmaram contratos com a OS estão Duque de Caxias, São Gonçalo, Arraial do Cabo, Saquarema, Cachoeiras de Macacu, Santa Maria Madalena, Cordeiro e Quissamã.
A PF afirma que auditorias do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e da CGU revelaram “graves irregularidades nas contratações envolvendo a organização social investigada”. Na lista, estão ausência de seleção objetiva, falta de comprovação de prestação de serviços e contratações direcionadas, inclusive de empresas recém-constituídas.
Na operação de hoje, batizada de Antracito, são investigados crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de capitais. Policias federais saíram às ruas nesta manhã para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas nas cidades do Rio, Niterói, São Gonçalo, Saquarema, Rio Bonito, Santa Maria Madalena e Cachoeiras de Macacu. As investigações tiveram início na Delegacia da PF em Macaé.