counter Pesquisador americano desenvolve nariz eletrônico para combater doenças alimentares – Forsething

Pesquisador americano desenvolve nariz eletrônico para combater doenças alimentares

Um pesquisador americano está trabalhando em um projeto para desenvolver um “nariz eletrônico” (e-nose), com o objetivo de transformar a segurança alimentar. A ideia de Taeyeong Choi, professor assistente de tecnologia da informação na Faculdade de Engenharia de Computação e Software da Kennesaw State University (KSU), é usar o dispositivo para conseguir detectar anormalidades e patógenos como Salmonella e E. coli, que muitas vezes são difíceis de identificar.

A motivação para o projeto surge da urgência de combater doenças transmitidas por alimentos, um problema significativo de saúde pública que afeta milhões de pessoas anualmente. Nos Estados Unidos, as doenças de origem alimentar resultam em cerca de 128.000 hospitalizações e 3.000 mortes por ano, impactando aproximadamente um em cada seis americanos anualmente. De 2013 a 2022, o Brasil notificou 6.523 surtos de doenças transmitidas por alimentos, resultando em mais de 110.000 pessoas doentes e 121 óbitos entre 2014 e 2023. Entre as bactérias mais comuns identificadas nos surtos estão a Salmonella spp., Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

Os métodos tradicionais de detecção de contaminação, embora precisos, são considerados destrutivos, exigem tempo e recursos, e geralmente resultam no desperdício de alimentos, pois uma amostra precisa ser retirada para análise. Estratégias modernizadas, como a análise de imagens baseada em inteligência artificial (IA), são mais rápidas, mas limitam-se ao que o olho humano pode perceber. O método proposto por Choi não apenas eliminaria a necessidade de “desperdiçar” comida para verificar sua segurança, mas também introduziria um novo padrão de segurança alimentar, indo além da mera aparência.

Como especialista em IA e robótica, Choi concebeu o e-nose para funcionar analisando compostos orgânicos voláteis (VOCs), grupos de substâncias químicas que evaporam facilmente e liberam gases potencialmente nocivos. Utilizando sensores olfativos e modelos de IA treinados com milhares de amostras de VOCs, o e-nose será capaz de não apenas detectar contaminantes, mas também diferenciar entre diversos alimentos ao seu redor.

Atualmente, o foco principal é Salmonella e E. coli, devido à sua prevalência e impacto, mas o professor Choi planeja aumentar o número de patógenos detectáveis por meio de discussões contínuas com colegas especialistas em segurança alimentar. Além de transformar a segurança alimentar, o e-nose promete múltiplas aplicações futuras em diversos campos, como saúde, robótica e segurança. Na área da saúde, por exemplo, ele poderá ser usado para detectar várias doenças a partir de uma única amostra de respiração de um paciente.

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