Uma pesquisa conduzida e concluída recentemente pelo Instituto Locomotiva indicou que a percepção sobre as mudanças climáticas no Brasil tem recorte geracional. De acordo com o mapeamento, 94% dos jovens da Geração Z – nascidos entre os anos de 1990 e 2010 – afirmam que seu cotidiano já foi afetado pelo clima extremo.
Entre os “baby boomers” (nascidos entre os anos de 1946 e 1964), essa sensação é menor, já que 86% dizem sentir algum impacto.
Quando analisado o recorte por gênero, as mulheres são as que sentem mais efeitos decorrentes do clima extremo em relação aos homens. Segundo o levantamento, 60% das mulheres afirmam que sua vida já foi afetada pelas mudanças.
Presidente do Locomotiva, Renato Meirelles afirmou que a “experiência climática” no Brasil se tornou um forte marcador social.
“Mais do que sentir calor ou enfrentar enchentes, estamos falando de como diferentes gerações e grupos sociais vivenciam desafios distintos em um mesmo país. Quando os jovens dizem que o clima mudou sua rotina, eles estão, na verdade, apontando para um futuro que já chegou e que exige respostas muito mais rápidas do que estamos acostumados a dar”, declarou.
No total, 91% dos brasileiros, o equivalente a 148 milhões de pessoas, afirmam perceber impactos das mudanças climáticas em sua rotina, seja por eventos extremos, alterações de temperatura, problemas de saúde, riscos ambientais ou desafios urbanos. Apenas 9% dizem não sentir qualquer impacto.
A pesquisa foi feita por meio de entrevistas digitais de autopreenchimento, contando com 1.499 brasileiros e brasileiras com 18 anos ou mais de todo o país, em amostra probabilística ponderada por gênero, faixa etária, escolaridade, região e classe social. O estudo possui margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
