Pequim recebeu nesta quinta-feira (14) a cerimônia de abertura dos primeiros Jogos Mundiais de Robôs Humanóides, um evento inédito que combina esporte, tecnologia e entretenimento. Ao som de música pop e luzes coreografadas, dezenas de máquinas subiram ao palco para dançar hip-hop, demonstrar técnicas de artes marciais e até tocar teclado, guitarra e bateria. O espetáculo arrancou risos e aplausos do público, que pôde ver de perto o que antes parecia ficção científica.

A competição, que começa oficialmente nesta sexta-feira, reúne mais de 500 robôs em 280 equipes de 16 países — incluindo Estados Unidos, Alemanha e Japão. As provas vão muito além das apresentações artísticas: haverá disputas de futebol, boxe, corrida de 100 metros e outros desafios que testam equilíbrio, coordenação e rapidez de reação.
No show de abertura, alguns momentos chamaram atenção: um jogador robô marcou um gol depois de algumas tentativas, fazendo o goleiro robô “desabar” no gramado; outro caiu durante o jogo, mas conseguiu se levantar sem ajuda humana. Também houve um desfile de moda, com robôs usando chapéus e roupas ao lado de modelos humanos. Nem tudo saiu como planejado — um dos “modelos” perdeu o equilíbrio e precisou ser retirado por dois assistentes.

O evento conta com equipes formadas por empresas de robótica, universidades renomadas da China — como Tsinghua e Pequim — e até estudantes de escolas de ensino médio. A ideia é estimular a inovação e também aproximar o público da tecnologia que, no futuro, poderá estar presente em casas, indústrias e até serviços públicos.

Além da competição, os Jogos são uma vitrine para o avanço da China na corrida global pela robótica humanóide. Nos últimos anos, o país tem investido pesado em máquinas que possam atuar em áreas como atendimento, logística, resgate e exploração espacial.
A primeira edição do evento vai até domingo (17), com ingressos que variam de 180 a 580 yuans (aproximadamente R$ 125 a R$ 400).