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Pedi para Trump ‘pegar brasileiros de facções que moram nos EUA’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 3, que pediu ajuda de seu homólogo americano, Donald Trump, para capturar brasileiros integrantes de facções criminosas que moram nos Estados Unidos. Os comentários foram feitos em entrevista à TV Verdes Mares, durante a qual o petista falou sobre o telefonema que teve com o ocupante da Casa Branca na véspera.

“Eu fiz questão de dizer pro Trump: vamos combater o narcotráfico, vamos começar pegando os brasileiros que estão aí”, disse Lula. “O maior traficante de combustível no Brasil mora em Miami”, acrescentou ele, sem citar nomes, mas referindo-se ao sujeito como um dos maiores opositores ao projeto de lei do Devedor Contumaz, proposto pelo governo e em tramitação no Congresso. “Só esse cidadão deve mais de 6 milhões de dólares”, declarou.

No telefonema de terça-feira, além da agenda econômica relacionada à redução de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, os dois discutiram pautas ligadas à segurança. Segundo comunicado do Palácio do Planalto, Lula ressaltou a urgência em “reforçar a cooperação com os Estados Unidos para combater o crime organizado internacional”, destacando recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal para asfixiar financeiramente o crime organizado. Trump, em resposta, ressaltou “total disposição em trabalhar junto com o Brasil”.

Nesta quarta, o mandatário brasileiro também afirmou ter dito a Trump que, para combater o crime organizado, “a gente não precisa utilizar arma, a gente precisa usar inteligência” — uma alfinetada nos governadores de centro-direita que têm se posicionado a favor de operações como as do Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. Ele disse ainda que as colaborações podem ser feitas “na fronteira, onde estiver”.

Durante a entrevista, Lula disse ainda que espera uma nova redução em breve das tarifas americanas sobre o Brasil. “Estamos perto de receber boas notícias dos Estados Unidos”, afirmou, ao descrever sua ligação com Trump na véspera como “extraordinária”.

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No mês passado, Trump removeu sobretaxas sobre diversos produtos agrícolas brasileiros, que havia anunciado em julho como forma de punir o país pelo que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mais de 200 itens foram acrescentados à lista anterior de quase 700 exceções ao tarifaço de 40% imposto ao Brasil, incluindo carnes, café, frutas, castanhas e especiarias.

O americano também elogiou Lula na terça 2 e classificou a conversa como “muito boa”. “Falamos sobre sanções porque, como você sabe, impus sanções relacionadas a certas coisas que aconteceram. Mas tivemos uma conversa muito boa”, disse o americano. “Eu gosto dele. Muito bom. Já tivemos algumas boas reuniões, como você sabe. E hoje tivemos uma conversa realmente muito boa”.

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