O deputado Julio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Pirataria, afirmou que o PCC, um dos alvos da megaoperação da Polícia Federal nesta quinta-feira contra estruturas criminosas de lavagem de dinheiro, utiliza “ações terroristas” no setor de distribuição de combustíveis – um dos principais braços financeiros da facção.
“Essas facções estão se utilizando da compra de postos de combustíveis que já encerraram as atividades, e os reativando como bandeira branca para realizar a operação. Eles também são identificados com balões coloridos, como aqueles utilizados nas festas infantis, que são pendurados na frente do estabelecimento com a finalidade de evitarem fiscalizações e assaltos”, disse o deputado.
Lopes faz referência a informações do Instituto de Combustível Legal (ICL) segundo as quais, hoje, mais de mil postos já estariam sob o controle de facções como o PCC.
Outros grupos, como o Comando Vermelho, também já estariam se organizando para se infiltrar no mercado de combustíveis não só com a compra de postos, como também investindo em distribuidoras, usinas e até na produção de seu próprio combustível, se utilizando para isso de laranjas, declarou o deputado.
Para Julio Lopes, a criação de um Operador Nacional do Sistema de Combustíveis, objeto de projeto de lei de sua autoria, contribuiria para reduzir a sonegação de impostos no setor.
Segundo o parlamentar, a proposta conta com o apoio do governo Lula. Ele afirma ainda que a sociedade brasileira está “sob verdadeiro ataque do crime organizado”, que recorre agora a uma nova estratégia para a lavagem de dinheiro no país.
