No primeiro carnaval fora do Grupo Especial do Rio de Janeiro desde 2004, o carnavalesco Paulo Barros, 63 anos, não pensa em aposentadoria e investe em projetos além da Avenida. Ele foi convidado para projetar um monumento em homenagem a Darcy Ribeiro, em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro; além da criação do Centro Brasileiro das Artes, também na cidade, a convite do prefeito Washington Quaquá (PT). Porém, em maio, às vésperas da eleição para a escolha do novo presidente da Portela, Paulo lotou seu perfil no Instagram com momentos do título que ele deu à escola em 2017 – os torcedores entenderam, em sua maioria, de que se tratava de uma tática para que ele chamasse atenção da nova diretoria escolhida na azul e branco. Ele, entretanto, nega. De todo modo, a ação não surtiu efeito. Permaneceu longe da agremiação.
“Estou com dois projetos, um projeto de um grande monumento em homenagem ao Darcy Ribeiro, que vai ser executado lá em Maricá. Foi a convite do prefeito. E um outro grande projeto que é um Centro Brasileiro das Artes. Então, são grandes projetos de cultura, onde a gente vai fazer uma intervenção urbana na cidade e ele me convidou para gerenciar esses dois projetos. Estou muito feliz até porque muda um pouco de áreas e estou passando por uma nova fase, estou embarcando no mundo das artes. E para mim isso é muito bom, porque você vai diversificando, vendo novos áreas e estou feliz da vida. Sobre carnaval vamos aguardar. Não vou dizer para você que volto, que não volto, mas é uma coisa que só o tempo vai dizer. O que Deus tiver reservado para mim, vou aceitar”, diz Paulo à coluna GENTE.
O carnavalesco estreou há quase duas décadas na elite do Carnaval do Rio pela Unidos da Tijuca, escola onde conquistou seus três primeiros títulos (2010, 2012 e 2014). Em sua jornada, também passou por Unidos de Vila Isabel (sua última escola, em 2025), Unidos do Viradouro, Mocidade Independente de Padre Miguel, Paraíso do Tuiuti e Portela. Sempre chamou atenção pela inovação tecnológica e pelas suas alegorias “vivas” na Avenida.