O Parthenon, templo erguido no século V a.C. em homenagem à deusa Atena, voltou a ser visto em toda a sua grandiosidade. Os andaimes, que cobriam a fachada oeste do monumento, no alto da Acrópole de Atenas, foram removidos pela primeira vez em cerca de 20 anos.
O alívio visual, no entanto, será temporário. As estruturas metálicas devem voltar ao local em novembro, para a continuação dos trabalhos de conservação do templo. A nova versão dos andaimes será mais leve e discreta, projetada para interferir menos na estética do monumento.
A previsão é que essa etapa dure até o início do verão europeu de 2026, ou seja, por volta de junho, quando o templo deverá voltar a ficar completamente livre das estruturas.
A restauração do Parthenon é uma das mais longas e complexas já realizadas em um sítio arqueológico. Desde 1975, equipes de engenheiros e arqueólogos trabalham na reconstrução das colunas e no reforço das estruturas de mármore, danificadas por guerras, terremotos e pela poluição moderna.
Uma joia da humanidade
Localizado no topo da Acrópole, a cidade alta, o Parthenon é um dos monumentos mais visitados do mundo e Patrimônio Mundial da Unesco desde 1987. Em 2024, mais de 4,5 milhões de pessoas visitaram o sítio arqueológico, que também abriga os templos de Atena Nice e Erechtheion.
Atualmente, para conter o excesso de visitantes, o governo grego impôs um limite de 20 mil pessoas por dia e passou a exigir reserva com horário marcado. A medida busca preservar o local, cujas colunas de mármore branco resistem há quase 2.500 anos.
O Parthenon, hoje reduzido a uma estrutura de colunas e blocos de pedra, já foi o centro espiritual da cidade e abrigou uma estátua monumental de Atena. Agora, livre dos andaimes, o templo mais famoso do mundo antigo revela novamente suas proporções perfeita, mesmo que seja só até o próximo mês.