counter Para evitar prisão, Netanyahu faz rota de voo incomum rumo à Assembleia Geral da ONU – Forsething

Para evitar prisão, Netanyahu faz rota de voo incomum rumo à Assembleia Geral da ONU

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, optou por uma rota incomum para ir à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde discursará nesta sexta-feira, 26. No caminho habitual, o premiê teria de sobrevoar parte da Europa, perigando ser detido devido ao mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele por crimes de guerra. Países signatários do estatuto fundador do TPI são, na teoria, obrigados a prendê-lo caso entre em seus territórios.

A corte, contudo, não tem poder coercitivo. Ou seja, não pode forçar que as nações, de fato, a cumprir com os mandados de prisão. De todo modo, o avião de Netanyahu escolheu cruzar toda a extensão do Mar Mediterrâneo e o Estreito de Gibraltar, segundo sites de rastreamento de voos. Sobrevoou brevemente a Grécia e a Itália, mas evitou o espaço aéreo francês e espanhol.

A decisão aumentou o tempo de duração da viagem, que partiu de Tel Aviv. Mas uma fonte diplomática da França disse à emissora americana que o país havia aceitado um pedido de Israel para cruzar o espaço aéreo francês. Em julho, na última viagem de Netanyahu aos Estados Unidos, ele passou pela Grécia, Itália e França, mostram dados do portal de rastreamento ADS-B Exchange.

“Eles acabaram decidindo tomar outro caminho e não sabemos o motivo”, disse o diplomata.

+ Trump diz que não aceitará anexação da Cisjordânia por Israel: ‘Já chega, é hora de parar’

Continua após a publicidade

Mandados do TPI

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o premiê e o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, além de oficiais do Hamas, por supostos crimes de guerra. Em declaração, a corte sediada em Haia, na Holanda, disse que encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo “fome como método de guerra” e “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.

“A Câmara considerou que há motivos razoáveis ​​para acreditar que ambos os indivíduos intencionalmente e conscientemente privaram a população civil em Gaza de objetos indispensáveis ​​à sua sobrevivência, incluindo comida, água, remédios e suprimentos médicos, bem como combustível e eletricidade”, escreveu o painel de três juízes em sua decisão unânime.
Publicidade

About admin