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Papa pede que Oriente Médio rejeite ‘horror da guerra’ em despedida de turnê

O papa Leão XIV despediu-se do Líbano nesta terça-feira, 2, fazendo um apelo aos líderes de todo o Oriente Médio para que mudem de rumo, escutem seus povos e se afastem do “horror da guerra”. A fala veio durante uma missa na histórica orla de Beirute, diante de 150 mil pessoas que o receberam com bandeiras libanesas e do Vaticano, cerimônia que encerrou sua primeira viagem ao exterior desde o início do pontificado.

Primeiro americano a liderar a Igreja Católica, Leão afirmou que a região como um todo precisa de novas abordagens para superar as divisões políticas, sociais e religiosas.

“O caminho da hostilidade mútua e da destruição no horror da guerra já foi percorrido por tempo demais, com os resultados deploráveis ​​que estão diante dos olhos de todos”, disse ele. “Precisamos mudar de rumo. Precisamos educar nossos corações para a paz!”

O pontífice chegou ao Líbano há três dias, na segunda etapa de uma viagem que começou na Turquia, onde também fez um apelo pela paz no Oriente Médio e alertou que o futuro da humanidade está em risco devido à proliferação de conflitos no mundo. Relativamente desconhecido no cenário mundial antes de ser escolhido em maio para suceder o falecido papa Francisco, Leão foi acompanhado de perto nos primeiros discursos no exterior e primeiras interações com pessoas fora da Itália, predominantemente católica.

No Líbano, ele pediu que os líderes das seitas religiosas se unam para curar o país e pressionou políticos a “ouvirem o clamor de seus povos” e manterem o projeto de paz após a devastadora guerra entre Israel e o Hezbollah, milícia xiita apoiada pelo Irã, que se encerrou (apesar das ocasionais teimosas trocas de ataques) no ano passado com um acordo de cessar-fogo. Ele também pediu que comunidade internacional “não poupe esforços na promoção de processos de diálogo e reconciliação”.

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Antes do discurso, no início desta terça, o papa já havia visitado um hospital psiquiátrico administrado por freiras franciscanas e rezou perto dos escombros no porto de Beirute, onde uma explosão química devastou partes da cidade em 2020, matou mais de 200 pessoas e causou bilhões de dólares em danos (a investigação foi obstruída e ninguém foi responsabilizado). Ele depositou uma coroa de flores em um memorial no local e cumprimentou cerca de 60 sobreviventes do incidente e parentes das vítimas, todos de diferentes religiões, e abraçou uma mulher que soluçava.

Momentos antes de partir para Roma, já no aeroporto de Beirute, o líder católico fez sua primeira referência aparente aos ataques israelenses contra o Líbano, dizendo que não pôde visitar o sul do país porque a região “hoje vive um estado de conflito e incerteza”. “Que os ataques e as hostilidades cessem. Devemos reconhecer que a luta armada não traz nenhum benefício”, exortou ele.

O Líbano, que tem a maior proporção de cristãos no Oriente Médio, foi abalado pelo transbordamento do conflito em Gaza. O Hezbollah iniciou ataques a Israel em solidariedade aos palestinos, o que culminou em uma devastadora ofensiva israelense no sul do país. A nação abriga 1 milhão de refugiados sírios e palestinos e também luta para superar uma grave crise econômica desde 2019, após décadas de gastos perdulários arrasarem as finanças.

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