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Papa Leão XIV se manifesta contra deslocamento forçado de palestinos em Gaza

O líder da Igreja Católica, papa Leão XIV, conversou diretamente com o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na manhã desta segunda-feira, 21. Durante a conversa, o pontífice se manifestou contrário a qualquer possibilidade de deslocamento forçado de palestinos na Faixa de Gaza.

Na semana passada, Leão já havia instado um cessar-fogo em Gaza após um ataque israelense à única igreja católica no enclave palestino  — três fieis morreram e diversos ficaram feridos, incluindo o pároco Gabriel Romanelli, que costumava receber telefonemas diários do falecido papa Francisco. 

Nesta segunda-feira, segundo o Vaticano, o papa condenou o “uso indiscriminado de força” e qualquer “deslocamento forçado em massa” na região. Ele também reforçou seu apelo pelo respeito ao Direito Humanitário Internacional, enfatizando a obrigação de proteger os civis e os locais sagrados, e pedindo que haja entrada adequada de ajuda humanitária, além de enfatizar a importância de prestar socorro aqueles mais expostos às consequências do conflito.

No último dia, o Exército israelense avançou sobre as áreas sul e leste de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, ordenando habitantes a deixar suas casas.

“Com esta última ordem, a área de Gaza sob ordens de deslocamento ou dentro de zonas militarizadas israelenses aumentou para 87,8%, deixando 2,1 milhões de civis espremidos em 12% da faixa fragmentada, onde serviços essenciais entraram em colapso”, disse o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

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Violência na Cisjordânia

No dia 14 de julho, líderes cristãos acusaram colonos israelenses de atacar locais sagrados na Cisjordânia ocupada por Israel. Segundo o patriarca ortodoxo grego de Jerusalém, Teófilo III, colonos teriam atacado casas e iniciado um incêndio próximo a um cemitério e uma importante igreja do século V.

Para o patriarca católico romano de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, o medo da violência vem fazendo com que muitos cristãos deixem a região. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, desencadeada em outubro de 2023, o número de ataques aumentou para uma média de mais de cem por mês em 2025 na Cisjordânia, segundo levantamento da ONG Open Doors.

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Cerca de 50 mil cristãos palestinos vivem na região, que inclui muitos dos locais mais sagrados da fé, incluindo Belém, onde Jesus teria nascido.

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