O papa Leão XIV recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira, 9, e voltou a oferecer o Vaticano como sede de futuras negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Moscou já havia rejeitado a ideia, levantada em maio.
O papa, que se encontrou com o líder ucraniano pela segunda vez desde o início de seu pontificado, há dois meses, também discutiu “a necessidade urgente de uma paz justa e duradoura”, afirmou a Santa Sé em um comunicado.
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Il Santo Padre ha ricevuto questa mattina in Udienza S.E. il Signor Volodymyr Zelensky, Presidente della Repubblica di Ucraina, e Seguito pic.twitter.com/OhwVxPmCMw— L’Osservatore Romano (@oss_romano) July 9, 2025
Zelensky afirmou em postagem no X (antigo Twitter) que manter conversas com o Kremlin no Vaticano seria “inteiramente possível, com o objetivo de deter a agressão russa e alcançar uma paz estável, duradoura e genuína”. Mas ele sublinhou que Moscou rejeitou tais propostas, “assim como rejeitou todas as outras iniciativas de paz”.
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Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, havia dito que a escolha não seria uma “solução elegante” para contemplar países cristãos ortodoxos, como é o caso da Rússia. Em condição de anonimado, fontes relataram à agência de notícias Reuters que a rejeição também está conectada ao fato de que o Vaticano está cercado pela Itália, um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que apoia a Ucrânia.
Viagem à Itália
O líder ucraniano está na Itália para participar de uma conferência nesta quinta e sexta-feira, 10 e 11 de julho, cujo tema será a recuperação e a reconstrução a longo prazo da Ucrânia após a invasão russa. Zelensky e Leão conversaram em Castel Gandolfo, uma pequena cidade italiana nas colinas, não muito longe de Roma, que o pontífice escolheu para tirar duas semanas de férias.
O Vaticano não informou quanto tempo durou a reunião entre os dois.
Leão XIV, que fez do apelo à paz em conflitos mundiais um tema central de seu jovem papado, encontrou-se anteriormente com Zelensky no Vaticano em 18 de maio. O papa também conversou por telefone com Vladimir Putin em 4 de junho, conversa na qual pediu que o presidente russo tomasse medidas concretas para encerrar a guerra na Ucrânia, que se arrasta há quase três anos e meio.
