Durante missa neste domingo, 12, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Leão XIV afirmou que o cessar-fogo na Faixa de Gaza é um ato de esperança para a Terra Santa em um momento em que dezenas de caminhões com ajuda humanitária entram na área com mantimentos aos palestinos. “Encorajo as partes envolvidas a prosseguirem com coragem o caminho traçado, rumo a uma paz justa, duradoura e respeitosa das legítimas aspirações do povo israelense e do povo palestino”, disse o líder da Igreja Católica.
O papa ainda afirmou que todos que vivem na região precisam “redescobrir que o outro não é inimigo, mas um irmão que deve olhar, perdoar e oferecer a esperança de reconciliação”, afirmou Leão XIV.
Desde o cessar-fogo, anunciado na quinta-feira, 9, palestinos começaram a voltar para suas casas. Segundo estimativas oficiais, durante o conflito armado, cerca de 90% dos moradores da região precisaram se deslocar em uma tentativa de sobrevivência. De acordo com programa de combate à fome da Organização das Nações Unidas (ONU), a expectativa é atender mais de 1,5 milhão de pessoas com a chegada de mantimentos à Faixa de Gaza.
“Com acesso seguro e sustentado, podemos alcançar 1,6 milhão de pessoas em três meses com pão, farinha de trigo e cestas básicas. Mais de 100.000 pacotes de pão fresco já estão sendo distribuídos diariamente. As linhas de vida estão prontas — com mais acesso, podemos ampliar a escala e garantir que os alimentos cheguem aos mais vulneráveis”, disse uma nota publicada nas redes oficiais da ONU.
Papa pede fim da guerra na Ucrânia
Ainda neste domingo, o papa Leão XIV pediu fim dos bombardeios russos em território ucraniano. “O meu coração se une ao sofrimento da população, que há anos vive na angústia e privação”, disse o pontífice, que recebeu notícias do presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, sobre ataques russos que culminaram com a morte de inocentes — o que inclui crianças.