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Padre flagrado com noiva de fiel: defesa do noivo se pronuncia

A defesa jurídica do homem que descobriu que estava sendo traído pela noiva com o padre da cidade de Nova Maringá, a 392 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, se pronunciou à imprensa no final da noite da quarta-feira, 15, mesmo dia em que o caso viralizou nas redes sociais. Em nota, o homem criticou a noiva e o padre pela quebra de confiança do relacionamento e da comunidade cristã.

Os acontecimentos que vieram a público tiveram origem em atitudes profundamente reprováveis, marcadas pela quebra de confiança, pelo desrespeito e pela ausência de qualquer senso de responsabilidade moral ou religiosa, a conduta dos envolvidos afrontou valores essenciais não apenas de um relacionamento, mas também de uma comunidade inteira, que se viu traída por quem deveria agir com retidão e exemplo. As consequências dessa postura ultrapassaram o âmbito pessoal, atingindo famílias, amizades e a fé de muitas pessoas que assistiram, consternadas, atitudes conscientes e absolutamente injustificáveis”, diz a nota.

Além disso, o documento, que já trata o homem como ex-noivo, também afirma que a família dele acionou a Polícia Civil e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos e “acrescentar fatos novos de que teve conhecimento após os acontecimentos”.

Ao contrário do que foi noticiado e compartilhado nas redes sociais inicialmente, a nota ainda diz que o homem não foi responsável pela filmagem que viralizou nas redes, na qual o padre aparece apenas de short e homens arrombam a porta de um banheiro para encontrar a noiva escondida embaixo da pia. “O ex-noivo não esteve presente no local em nenhum momento, na data dos acontecimentos, ele se encontrava em viagem profissional ao estado do Rio Grande do Sul desde a manhã de domingo, totalmente alheio à situação que veio a público”, explica.

O documento da defesa ainda pede que a sociedade e a imprensa “cessem imediatamente a divulgação e o compartilhamento de conteúdos vexatórios, ofensivos ou difamatórios, em respeito à honra, à dignidade e à privacidade dos envolvidos”, argumentando que existem limites éticos e constitucionais que não foram respeitados em alguns casos, resultando, segundo defende o texro, em “exposições indevidas e na violação de bens jurídicos protegidos pela Constituição Federal, pelo Marco Civil da Internet e pelo Código Penal Brasileiro”.

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Relembre o caso

O padre da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá, Luciano Braga Simplício, foi flagrado em situação comprometedora com a noiva de um fiel. A mulher foi encontrada escondida debaixo da pia do banheiro de dentro da casa paroquial. Ela foi filmada com celular por membros da comunidade, que foram até o local — a cena viralizou nas redes sociais.

No vídeo, o padre é abordado dentro da casa paroquial, apenas usando shorts, enquanto o fiel grita para a noiva abrir a porta do banheiro onde ela estava. Com a recusa dela, um homem arromba a porta e encontra a mulher tentando se esconder enquanto usava apenas uma roupa curta. O homem filma o rosto dela, que fica paralisada no chão, sem dizer nada.

Assista ao vídeo aqui.

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Após a repercussão do caso, um suposto áudio do padre tentando se explicar também passou a ser compartilhado nas redes sociais — VEJA não conseguiu comprovar a veracidade do material. No áudio, um homem diz que não teve qualquer relação sexual ou amorosa com a mulher e que ele estava de shorts apenas porque estava tomando banho instantes antes dos membros da comunidade chegarem ao local e gravarem o vídeo.

Procurada por VEJA, a diocese de Diamantino (MT) informou que está ciente do episódio e que todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas — apontando que o líder religioso pode ser agastado. Em nota assinada pelo bispo dom Vital Chitolina, que lidera a diocese, a instituição diz que decidiu tomar as medidas “tendo em vista o bem da igreja e do povo de Deus”.

A reportagem também entrou em contato com a paróquia, que não contentou o caso e apenas repassou o material da diocese.

A equipe de VEJA também procurou moradores da cidade, que tem menos de 6.000 habitantes, para entender a repercussão local, no entanto, a maior parte das pessoas contactadas se negaram a falar sobre a situação. “Como a cidade é pequena, envolve um líder religioso muito querido e a outra parte é amigo ou familiar de metade da cidade”, respondeu um homem. Outra pessoa confirmou a situação ao dizer que até gostaria de comentar, mas que não faria porque é amigo da ex-noiva: “Pega mal”.

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