O desfecho da corrida presidencial de 2022 gerou traumas ainda não superados no PSDB, que devem impactar diretamente na estratégia do partido para as eleições do ano que vem.
Na ocasião, a legenda tucana decidiu, após ver uma guerra interna entre João Doria e Eduardo Leite pela postulação ao Palácio do Planalto, embarcar na base da candidatura de Simone Tebet.
Anos depois e às vésperas de um ano eleitoral, lideranças da sigla avaliam que a estratégica foi equivocada, já que isso contribuiu para que os emedebistas ampliassem seus espaços na bancada federal, enquanto o número de deputados e senadores do PSDB caiu.
Por isso, prevalece a leitura de que, ainda que Ciro Gomes migre para o partido, não é o momento ideal para uma candidatura presidencial.
Líderes tucanos acreditam que a prioridade do PSDB deve ser se remontar na Câmara e no Senado para recuperar a capilaridade política. Só depois disso, a legenda deve, na avaliação de lideranças, se aventurar em iniciativas mais ousadas.