Os futuros das bolsas americanas amanhecem perto da estabilidade nesta terça-feira, o que é compatível com a agenda fraca do dia. Investidores estão na expectativa pelo simpósio de Jackson Hole, isso enquanto acompanham desdobramentos do encontro de Donald Trump com o ucraniano Volodymyr Zelensky e sua escolta de líderes europeus.
O fato é que as bolsas americanas estão nas suas máximas históricas em um momento considerado perigoso por analistas. Acontece que a valorização foi puxada por uma concentração nunca antes vista no S&P 500. As 10 maiores empresas do índice concentram quase 39,8% do índice, o dobro do que era registrado há uma década. Nos anos 2000, período da bolha da internet, as 10 maiores tinham peso de 25%.
É arriscado dizer que o fenômeno dos anos 2000 irá se repetir, especialmente porque o lucro das big techs, o coração das maiores empresas do S&P 500, continua avançando. Mas o fato é que o cenário de uma possível desaceleração da economia americana aumenta o risco quando as ações estão nas máximas.
Antes do simpósio do Fed, investidores vão buscar pistas sobre a economia real na divulgação dos resultados financeiros das empresas de varejo americanas, a começar pela Home Depot. Na semana, há ainda Walmart e Target.
Na Europa, as ações avançam nesta terça, enquanto o EWZ, índice que representa a bolsa brasileira em Nova York opera no zero a zero. Por aqui, a agenda também é fraca.
Agenda do dia
12h: Alckmin participa da 26ª Conferência Anual do Santander
15h10: Michelle Bowman (Fed) discursa em evento pré-Jackson Hole
Esta é a versão online da newsletter de ‘VEJA Negócios – Abertura de mercado’ enviada hoje. Quer receber a newsletter completa, apenas para assinantes, amanhã? Cadastre-se aqui!
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: