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Os quatro nomes ventilados pela direita fluminense para duelar com Paes

Até recentemente, o cenário eleitoral no Rio de Janeiro parecia cristalizado: de um lado, Eduardo Paes (PSD), e, de outro, Rodrigo Bacellar (União Brasil), então apadrinhado pelo governador Cláudio Castro (PL), pela Alerj e pela família Bolsonaro. O quadro ruiu após o rompimento entre Bacellar e Castro, precipitado pela demissão do secretário de Transportes, Washington Reis, enquanto o presidente da Alerj ocupava interinamente o governo durante viagem do governador a Portugal.

A decisão irritou os Bolsonaros, que anunciaram não apoiar nenhum dos dois em 2026 — Castro pretende disputar o Senado. Sem Bacellar, a direita perdeu candidato único, poder de barganha e espaço na corrida, abrindo caminho para Paes, que lidera com 35% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Quaest.

Nos últimos dias, porém, PP, PL e União Brasil começaram a testar nomes próprios, mesmo enquanto mantêm conversas discretas com o prefeito do Rio em busca de acordos. A lógica, por ora, é de “cada um por si”.

O PL avalia duas opções ligadas ao bolsonarismo: o deputado federal General Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Guedes, ex-ministro da Economia. “A escolha deve ser feita em setembro, em reunião com Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro” afirma o deputado federal Altineu Cortes, líder do partido no estado.

O PP aposta em Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, nome visto como de apelo popular e tratado como “sonho de consumo” pelo deputado federal Doutor Luizinho, principal liderança do partido no estado, e por Ciro Nogueira, presidente da sigla. Já o União Brasil surpreendeu ao lançar Márcio Canella, prefeito de Belford Roxo, que exibe alta aprovação na Baixada Fluminense, forte articulação política e proximidade com o presidente nacional do partido, Antonio Rueda.

Apesar do barulho, as movimentações soam, sobretudo, como uma disputa antecipada pela sucessão indireta no estado, caso se confirme a saída de Cláudio Castro para disputar o Senado. A cadeira, antes dada como certa para Bacellar, ficou em aberto. Assim, ainda que os partidos mantenham nos bastidores conversas com Eduardo Paes, lançar um nome agora pode garantir, ao menos, uma estadia — ainda que breve — no Palácio das Laranjeiras.

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