A investigação do esquema bilionário de corrupção na Fazenda paulista busca agora os políticos que lucraram no esquema de 2 bilhões de reais.
A leitura, segundo fontes da investigação, é de que a secretaria é um ambiente controlado por indicações políticas e que dificilmente servidores de baixo escalão teriam condições de obter lucros bilionários sem que o dinheiro fosse compartilhado com padrinhos políticos.
Tocada pelo Ministério Público de São Paulo, a investigação identificou um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do varejo em troca de vantagens indevidas.
O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, Mario Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo foram presos.
“As empresas passaram a pagar centenas de milhões de reais para auditores para auxiliarem essas empresas a conseguirem ressarcimento de crédito de ICMS”, disse o promotor João Ricupero, numa entrevista coletiva.
“O desafio é verificar se há outros auditores envolvidos na prática de corrupção”, afirmou o promotor Roberto Bodini, outro investigador do caso.