Em Belém, no coração da Amazônia brasileira, representantes de quase 200 nações já se acomodam para a COP30, a conferência do clima das Nações Unidas que se estende até 21 de novembro.
Apesar do processo do clima da ONU assegurar a todos, das menores nações insulares às grandes potências, o mesmo peso formal nas decisões, a dinâmica real é menos equilibrada.
Diplomatas experientes, sobretudo aqueles vinculados a países estratégicos ou blocos organizados, costumam ditar o ritmo das negociações, articulando alianças e tentando orientar o resultado final.
As discussões seguem um roteiro conhecido. A primeira semana é dominada por negociadores especializados, que mergulham nos detalhes técnicos e tentam pavimentar acordos preliminares.
Só depois, na segunda fase, quando o tom político se impõe, ministros e autoridades de alto escalão entram em cena para selar, ou travar, os entendimentos construídos nos bastidores.

