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Oposição provoca Dino após abertura de novo inquérito contra Bolsonaro

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), um dos vice-líderes da oposição na Câmara, afirmou nesta quinta-feira ao Radar que o ministro Flávio Dino, do STF, “acusou o golpe” da aprovação da urgência para o projeto da anistia ao mandar abrir uma nova investigação contra Jair Bolsonaro com base no relatório da CPI da Covid no Senado, encerrada em outubro de 2021, há quase quatro anos.

“Hoje (quinta-feira), ele ressuscita um defunto”, provocou o parlamentar bolsonarista. “Para mim, é uma clara antecipação do que ele está vendo na anistia. O painel de 311 deputados mostrou que essa é votação de PEC, uma votação absoluta. É inquestionável”, acrescentou, referindo-se ao número de votos a favor da urgência do projeto que perdoa os crimes dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já avisou que o texto será modificado. O relator escolhido por ele, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), declarou nesta quinta-feira que a anistia “ampla, geral e irrestrita”, contemplando Bolsonaro, é “impossível”. 

Para Vieira de Melo, no entanto, o placar da votação do regime de urgência teria assustado o ministro do STF. “Ele acusou o golpe, sabendo que tem voto e vai ter texto e que nós vamos anistiar Jair Messias Bolsonaro, inclusive, trazendo a ele legitimidade de disputar as próprias eleições”, afirmou o aliado do ex-presidente. 

Na avaliação do vice-líder da oposição, Dino estaria, com a abertura do novo inquérito baseado no trabalho da CPI da Covid, executando um plano para “botar outro bode na sala”, como precaução para um cenário em que a oposição obtenha a anistia no formato que defendem, livrando Bolsonaro da pena de 27 anos e 3 meses de cadeia por liderar uma tentativa de golpe.

“(Dino) arma uma outra arapuca, para poder dizer, ‘olha, se caminhar por aqui, eu vou fazer outro dispositivo’. Parece que caiu a ficha. É, claramente, um assédio jurídico”, disse Vieira de Melo. Em uma referência à PEC da Blindagem, o bolsonarista declarou ainda que, daqui para frente, “nenhum remédio para nenhum lado vai ser doce; todos os remédios serão amargos”. 

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