A OpenAi, empresa dona do ChatGPT, anunciou hoje, 6, um acordo bilionário com uma das maiores rivais da Nvidia, a AMD. A ideia é que a empresa forneça chips de inteligência artificial para a criadora do chatbot. O contrato também dará a opção de comprar até cerca de 10% da AMD.
O acordo representa um forte sinal de confiança nos chips e nas soluções de inteligência artificial da AMD e prevê a instalação gradual de centenas de milhares de processadores de IA. O projeto, estimado em cerca de 6 gigawatts de capacidade computacional, será implementado ao longo de vários anos, com início previsto para o segundo semestre de 2026.
Em entrevista a Reuters, o vice-presidente executivo da AMD, Forrest Norrod, disse que o acordo pode gerar bilhões de dólares em receita anual para a empresa. O efeito cascata da transação pode impulsionar um recebimento de 100 bilhões de dólares em novas receitas em quatro anos, somando a OpenAI e outros clientes. “Vemos esse acordo como transformador, não apenas para a AMD, mas para a dinâmica do setor,” disse o executivo.
Segundo o release divulgado para a imprensa, Sam Altman, co-fundador e CEO da OpenAI acredita que a parceria é um passo importante para mostrar o grande potencial da inteligência artificial. “A liderança da AMD no mercado de chips vai fazer com que consigamos acelerar o progresso trazendo benefícios de uma IA avançada mais rápida e eficiente para todos”, diz.
Ainda conforme o release, por meio da parceria, as duas empresas estão construindo uma infraestrutura que superará as demandas de IA do mundo, combinando inovação e execução de primeira linha para acelerar o futuro da alta performance da inteligência artificial.
Outros desdobramentos no universo da tecnologia
No mês passado a Nvidia comprou uma participação da Intel, equivalente a 5 bilhões de dólares, o que mexeu com o mercado da tecnologia e com as ações da companhia que, no dia, subiram mais de 30%. O governo americano também entrou na jogada e comprou 10% das ações da empresa.
O grande investimento estatal foi anunciado quase ao mesmo tempo em que o SoftBank, conglomerado japonês conhecido por suas apostas bilionárias em tecnologia, revelou, dias antes, um novo aporte de 2 bilhões de dólares na Intel. A coincidência reforça o movimento coordenado de governos e investidores globais para sustentar a recuperação da fabricante americana de chips.