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Onça é flagrada por guia de turismo no Pantanal

O reino animal é cheio de ensinamentos e surpresas. Mas se trata de uma realidade que está tão longe da vida da maioria da rotina urbana, que parece ficção. No último domingo, 5, o guia de turismo Yco Campos, que mora no Pantanal, postou a briga de uma onça-pintada com uma imensa cobra sucuri. Os animais estavam às margens do rio Piquiri, no Parque Estadual Encontro das Águas, na região mato-grossense do bioma. O guia registrou o embate durante um passeio de barco. Quem já foi ao Pantanal e rezou para ver uma dessas, sabe que Yco deu sorte. É difícil achá-las.

Obviamente que a cena é intrigante. Mostra a estratégia da onça, cautelosa e astuta no ataque certeiro. Assista ao vídeo abaixo. No entanto, chama mais atenção o fato de a onça ser chamada de Abril. Enquanto nas cidades, o consumidor acha que leite brota da caixinha e ovo de refil de papelão, no Pantanal tem onça batizada. Abril é conhecida no pedaço, respeitada e até querida. Ao compartilhar o flagrante da rotina do felino, Yco mostra o privilégio de ainda existirem habitats como esse no país e como os biomas precisam de proteção. “Abril pegando uma sucuri na nossa frente. Coisa linda de ver!”, escreveu Yco.

As onças do Pantanal tendem a ser mais robustas e pesadas que as da Amazônia. Mesmo com toda a essa força e destaque de topo de cadeia, a população declina, com a diminuição de seus habitats. Calcula-se que 78% dos territórios que habitam foram devastados com as secas extremas e queimadas dos últimos anos. Como precisam de grandes espaços para correr e caçar, se não acham o que comer nas áreas que vivem, correm para cidades ou fazendas à procura de comida. É a lei da sobrevivência. Quando isso acontece, não raramente, são mortas. A onça é muito importante no equilíbrio da região. Sem elas, por exemplo, a população de capivaras explode e migra para as áreas de soja. Além disso, a existência delas é sinal de água limpa e matas nativas.  No final do vídeo, o felino carrega na boca a sucuri para devorá-la na mata. O homem devasta a terra para enriquecer -e esquece que sem ela não sobrevive.

Leia:

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