counter Onça é flagrada dentro da Apae no Paraná – Forsething

Onça é flagrada dentro da Apae no Paraná

Nesta segunda-feira, 18, uma onça-parda (suçuarana) foi flagrada por câmeras de um circuito interno ao atravessar o pátio da Associação Pais e Amigos dos Excepcionais, em Cascavel, no Paraná. Estava escondida em um canto do corredor e se assustou ao ver o caseiro do prédio. Para a sorte do homem, ela saiu correndo, sem colocar em risco ninguém da unidade em risco. Depois se refugiou em uma área de mata rasteira.  Equipes do Corpo de Bombeiros, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e do Instituto Água e Terra, foram chamadas e apareceram munidas de rifles e tranquilizantes.

Essa não é a primeira ocorrência no estado. Só este ano, aconteceram aparições semelhantes em Marialva e Cafelândia.  Bem distante dali, no dia 9, uma onça quase foi atropelada no Pantanal, no sul-mato-grossense, ao tentar atravessar uma rodovia na área urbana, mas o motorista conseguiu frear a tempo.  Um dia antes, uma delas foi avistada em frente a um condomínio de luxo, em Roraima. Em Corumbá, elas já apareceram mais de 11 vezes só este ano, o que revela um padrão preocupante dos felinos saindo da mata em busca de comida.

A crescente perda e fragmentação das áreas verdes nas cidades brasileiras é um fator central para entender esses deslocamentos. Um estudo do MapBiomas constatou que apenas 6,9 % das áreas urbanas do país possuem cobertura vegetal, tornando a situação ainda mais preocupante pela distribuição desigual dessa vegetação. O contínuo desmatamento e a falta de corredores verdes para que os animais atravessem de uma área de vegetação para outra interrompida por rodovias ou construções urbanas colocam em risco diversas espécies.

No Cerrado, um estudo da Universidade de São Paulo revelou que pelo menos 10 espécies de mamíferos de médio e grande porte têm suas populações afetadas devido a diminuição da qualidade e da conectividade de habitat, uma realidade que também se aplica às onças-pardas, cujas necessidades morfológicas e territoriais fazem com que fragmentos menores do que 300 hectares (3 km²), o que é insuficiente para um felino circular e caçar. Estima-se que a espécie necessite no mínimo mais do triplo desta área.

Leia:

+https://veja.abril.com.br/agenda-verde/onca-pintada-surge-na-porta-de-condominio-de-luxo-em-roraima/

Publicidade

About admin