counter Oitenta anos? Quase nada para o segundo homem mais rico do mundo – Forsething

Oitenta anos? Quase nada para o segundo homem mais rico do mundo

O que você faria se já estivesse na categoria preferencial mais e 278 bilhões de dólares? Provavelmente iria aproveitar o ocaso da vida, na companhia da sexta esposa, a linda chinesa Jolin Zhu, numa das suas mansões quase inconcebíveis de tão luxuosas, alternando com seu seu iate de nome inspirado num samurai. E provavelmente é por isso que os bilionários são muito diferentes de mim e de você, como Larry Ellison, que aos oitenta anos superou concorrentes como Jeff Bezos e Mark Zuckerberg para atingir o lugar de segundo mais rico do mundo na lista da Bloomberg, atrás apenas do imbatível Elon Musk.

Ellison, que aparece menos do que Musk, foi um dos fundadores da Oracle, onde continua dando expediente como diretor de tecnologia e presidente executivo. E a Oracle provê softwares, hardware e serviços de nuvem – ou seja, tudo o que o mundo da era tecnológica precisa para funcionar. Sua lista de clientes mais conhecidos dá uma ideia do tamanho que tem: Netflix, Linkedin, eBay, Airbnb, JP Morgan Chase, Citi Group e mais um extenso etc.

Nada mau para um homem de oitenta anos que preza a aparência mais jovem a ponto de ter começado a tingir barba e cabelo. E melhor ainda para quem foi dado em adoção quando era bebê – um estranho traço em comum com Steve Jobs (que chegou a conhecer a mãe biológica, mas não o pai, um estudante sírio na época em que ela engravidou) e Jeff Bezos (adotado pelo padrasto cubano).

O investimento em inteligência artificial foi o ponto forte que impulsionou a Oracle e levou Ellison ao segundo posto na lista da Bloomberg, embora todo mundo saiba que estas colocações vivem mudando e alterações como a que envolve Bernard Arnault, o francês que domina a indústria do luxo com o grupo LVMH, agora no novo lugar da lista, não significam nada definitivo.

‘REI DE MALIBU’

Mark Zuckerberg ficou contente de perder o segundo lugar? Muito provavelmente não, mas não está perdendo dinheiro – ou pelo menos no sentido que nós, mortais comuns, entendemos a expressão. Sua fortuna pessoal registrou uma queda de 3,59 bilhões, mas ainda não dá para ter pena de Zuck.

Continua após a publicidade

O tipo de fortuna que os megabilionários têm costuma provocar duas reações: os que admiram as conquistas de homens que, na maioria, começaram do nada, apenas com ideias brilhantes nas mentes privilegiadas, e os que acham que “ninguém precisa de tanto dinheiro”.

Os mais extremos dessa turma imaginam que a pobreza acabaria se os muito ricos dividissem seus bens, uma ideia definitivamente equivocada. É o crescimento econômico sustentado, inclusive o propiciado pelas empresas dos gênios da era digital, que diminui a pobreza, não a distribuição das fortunas, que se desmaterializariam como mensagens no modo desaparecer nas mãos dos distributivistas.

Ellisson não investe apenas na nuvem, mas também no chão, com uma lista de imóveis de luxo e resorts que o levou a se transformar no “rei de Malibu”, com onze imóveis na praia mais cobiçada dos Estados Unidos. Chegou a pagar oitenta milhões de dólares por uma casa de praia na Flórida, que pretendia demolir para começar do zero. Em vez disso, vendeu-a um ano depois, por 145 milhões. Dinheiro chama dinheiro.

Continua após a publicidade

‘DESVANTAGENS NECESSÁRIAS’

Apesar desses caprichos, Ellison tem um perfil mais baixo e só se soube bem depois que havia se casado com Jolin Zhu (nome original Zhu Keren), uma beldade chinesa formada pela Universidade de Michigan, provavelmente de família rica – note-se o condicional, decorrente da pobreza de informações sobre a sexta esposa, de 34 anos.

Ellison é um apaixonado por cultura japonesa e seu iate mais recente se chama Musahi, o samurai do século XVI famoso pela espada de dois gumes. Ele também tem uma casa em Quioto, na área de um templo que transformará em museu. Gosta de frases de efeito, como “Eu tive todas as desvantagens necessárias para o sucesso” e “Fico perturbado por crianças que jogam videogame o dia todo”.

“Quando eu era criança, muito tempo atrás, assim que nascia o sol eu estava na rua com minha bicicleta. Se meus pais – pobres pais – tivessem sorte, estaria de volta em casa antes da noite cair.”

Está aí um conselho que pode ser aproveitado por todos: os que abominam os bilionários e os que admiram suas conquistas. Não deixem os filhos trancados em casa na frente do videogame. Trabalhar até os oitenta anos também pode ser um modelo a ser cogitado para quem ama o que faz e não quer entregar os pontos de jeito nenhum.

Publicidade

About admin