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Oficial da PM é preso por posse ilegal de arma durante ação contra milícia

Um tenente-coronel da Polícia Militar da Bahia foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira, 8, por posse ilegal de arma de fogo sem registro. Ele foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão da segunda fase da Operação Terra Justa, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público da Bahia (MP-BA). O integrante da força policial é investigado por suposta associação a grupo miliciano na região oeste do estado.

“Segundo as investigações do Gaeco, em parceria com a Polícia Civil, o oficial de alta patente recebia vantagens indevidas para encobrir ações criminosas do grupo miliciano que, por mais de dez anos, invadiu, com uso de violência, terras de comunidades tradicionais da região de Correntina em favor de fazendeiros locais. O tenente teria recebido, entre 2021 e 2024, pagamentos mensais de 15 mil reais realizados pelo líder da milícia, um sargento da reserva remunerada da PM. O oficial é investigado por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa”, informou o MP por meio de nota. A operação contou ainda com apoio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force), da Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia e Corregedoria da Polícia Militar.

No total, foram cumpridos seis mandados de busca e dois de prisão preventiva nos municípios de Correntina, Santa Maria da Vitória e Salvador. Foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos, armas, munição e outros materiais que serão periciados e analisados. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos.

Sargento da reserva foi preso de novo

Ainda segundo informações do MP baiano,  um sargento e um comparsa também foram alvo desta fase da operação e tiveram novos mandados de prisão preventiva deferidos pela Justiça. Ele e mais três pessoas foram denunciados pelo MP-BA por crimes de organização criminosa voltada para lavagem de dinheiro decorrente da milícia. “A denúncia foi recebida pela Vara Criminal de Correntina no último dia 5 de agosto, que determinou o bloqueio de bens dos acusados em valores que podem chegar a mais de 8,4 milhões de reais.

Segundo as investigações, o esquema criminoso envolvia a ocultação e dissimulação de valores por meio de contas de terceiros para mascarar a origem dos recursos. Entre 2014 e 2024, somente na conta do sargento da reserva, foram registradas movimentações de aproximadamente 30 milhões de reais, entre créditos e débitos, sendo a maioria dos depósitos realizada por empresas ligadas ao setor agropecuário”, finalizou o MP.

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