A defesa de Jair Bolsonaro vai apresentar ao STF, nesta quarta-feira, as alegações finais do ex-presidente na ação da trama golpista.
Depois de cumprida essa etapa — para Bolsonaro e para os demais réus do caso –, o ministro Alexandre de Moraes poderá liberar a ação para que o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, marque a data do julgamento.
No Supremo, a expectativa é de que os bolsonaristas comecem a ser julgados no início de setembro.
Nas alegações, os defensores de Bolsonaro devem seguir a mesma linha apresentada durante os depoimentos, quando bombardearam a delação de Mauro Cid, acusando o colaborador de mentir para obter benefícios. A ausência de provas diretas da participação de Bolsonaro em alguma ação golpista também será levantada.
O ex-presidente admitiu em depoimento que chegou a discutir possibilidades de tentar permanecer no poder, após a derrota para Lula em 2022, mas jura que o movimento só prosperaria se fosse dentro do que prevê a Constituição.
A PGR acusou Bolsonaro de ser o líder da organização criminosa que tramou destituir, prender e até matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin.
O grupo entregaria os rumos do país a um governo provisório que seria comandado por uma junta militar sob mando de Augusto Heleno, outro réu da trama golpista.
Se condenados, Bolsonaro e seus ex-auxiliares e aliados poderão pegar mais de quarenta anos de prisão por tentarem dar um golpe de Estado no país.
