As novelas de Aguinaldo Silva costumam esconder segredos, e Três Graças não foge à regra. Um dos maiores mistérios da trama da TV Globo está na estátua que Arminda (Grazi Massafera) mantém guardada em um quarto do casarão, onde esconde pilhas de dinheiro de um dos negócios ilícitos do amante, Santiago Ferette (Murilo Benício). Produzida em resina de pó de mármore na fábrica de cenários dos Estúdios Globo, a escultura de três mulheres, com cerca de 1,80 metro de altura, representa deusas da mitologia grega e, na história, é avaliada em 1,5 milhão de dólares, o equivalente a pouco mais de 8 milhões de reais.
Profundo conhecedor de arte, frequentador de leilões e colecionador, Aguinaldo Silva se inspirou em esculturas reais que retratam as Três Graças da mitologia: Aglaia, Eufrosina e Tália, filhas de Zeus que simbolizam beleza, elegância, juventude e alegria. Na vida real, uma das versões mais notáveis é a de Antonio Canova, esculpida em mármore de Carrara entre 1814 e 1817. Segundo o museu Victoria and Albert, em Londres, onde pode ser vista, a primeira versão da obra foi encomendada pela primeira mulher de Napoleão, Joséphine de Beauharnais, que morreu antes da conclusão da peça. Há ainda uma feita por James Pradier, exposta no Museu do Louvre, em Paris.
As deusas também foram levadas à abertura da novela. O vídeo exibe as divindades em um ciclo de luz, dança e, no fim, a transformação nas três protagonistas do folhetim: Sophie Charlotte, que vive Gerluce, Dira Paes; a Lígia; e Alana Cabral, intérprete de Joélly.
