Em uma publicação realizada nas redes sociais, Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, um autoproclamados dos líderes da categoria, anunciou uma possível paralisação dos trabalhadores da área para esta quinta-feira, 4. Ele esteve nesta semana no Palácio do Planalto para protocolar um documento informando sobre o movimento. Ele estava acompanhando do advogado Sebastião Coelho, ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e pré-candidato ao Senado pelo Novo.
Chicão, que representa a União Brasileira dos Caminhoneiros, afirmou que a paralisação da categoria tem como objetivo melhorias para a classe, como aposentadoria especial, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e estabilidade contratual da categoria.
“Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Doutor Sebastião Coelho estará conosco, nos acompanhará. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato e dentro da legalidade que a lei estabelece”, afirmou. Na gravação, ele aparece ao lado de Sebastião Coelho, que oferece suporte jurídico ao grupo.
Ainda na publicação, Chicão diz que conversou com outros líderes da categoria sobre a paralisação. Ele afirmou ainda que os caminhoneiros não podem impedir o direito de ir e vir das pessoas. “Temos que respeitar toda a legislação que é imposta à categoria no sentido de permitir o livre trânsito das pessoas”, disse em outro trecho da publicação. Depois de deixar a Presidência da República, não ocorreram novas manifestações do grupo até o momento. Em agosto deste ano, Coelho e Chicão fizeram publicação sobre possível paralisação no país, o que não ocorreu.
Caos em 2018
Em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), caminhoneiros fecharam diversas rodovias brasileiras insatisfeitos com aumento dos combustíveis. À época, com a logística interrompida, produtos em supermercados começaram a faltar. Foram dez dias que se tornaram uma crise para o governo federal, que precisou negociar e aceitar parcialmente as condições da categoria.
Em 2021, caminhoneiros se deslocaram para Brasília para o 7 de Setembro, quando diversos apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro se posicionaram nas proximidades da Praça dos Três Poderes em manifestação contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O reforço do policiamento, por determinação de Luiz Fux, então presidente da Corte, junto ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), garantiu movimento pacífico.