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O que se sabe até agora sobre a onda de ataques a ônibus em São Paulo

A cidade de São Paulo — e até parte da região metropolitana — enfrenta um problema crescente nos últimos dias e que ainda não tem uma explicação conclusiva. Ataques com pedras a ônibus têm aumentado, assustando e ferindo passageiros e funcionários e preocupando o poder público.

Até às 9h desta terça-feira, 15, as autoridades já contabilizaram 432 ataques na capital, sendo onze somente entre a noite da segunda e a manhã desta terça. A contagem é feita a partir do dia 12 de junho. Se considerada a região metropolitana e a Baixada Santista, os ataques chegam a mais de 600. Só no último domingo, foram contabilizados 47 ataques. O pico de casos foi registrado na segunda-feira, 7: 59 em 24 horas.

As depredações ocorrem de forma distribuída por todas as regiões da cidade, de acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans. Há registros em vídeos publicados nas redes sociais, por exemplo, de ataques que ocorreram na Avenida Paulista, no centro da capital, que mostra o vidro de uma das janelas do transporte ficando estilhaçado e os passageiros amedrontados.

A polícia trabalha com três principais linhas de investigação, apesar de não descartar outras possibilidades:

  1. Eventuais desafios propostos nas redes sociais;
  2. Ação coordenada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC);
  3. Sabotagem de empresas que perderam contratos com a prefeitura.
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A reportagem de VEJA solicitou uma entrevista com o delegado responsável pelas investigações, mas o pedido foi negado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), que informou apenas que quatro boletins de ocorrência foram registrados pelos 47 ataques do último final de semana e que, desde o início, cinco homens foram presos e um adolescente apreendido.

Dentre eles, um homem acusado de lançar uma pedra contra um ônibus na Avenida Washington Luiz em 27 de junho, ferindo uma passageira, que foi localizado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e teve a prisão temporária decretada no dia 6 de julho. Outro homem foi preso no dia 10, em Guaianases, após arremessar pedras e danificar um coletivo. Também foram presos, em flagrante, dois suspeitos por depredações nos bairros de Pirituba e Santo Amaro. O adolescente apreendido foi liberado.

As investigações seguem com o apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), que monitora plataformas digitais diante da suspeita de articulação dos crimes pela internet.

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Para combater os ataques e reforçar a segurança dos usuários, a Polícia Militar deflagrou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, com 7.800 policiais em todo o estado.

A SPTrans orienta para que as concessionárias comuniquem imediatamente todos os casos à Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais.

A empresa que tem um veículo danificado é obrigada por lei a encaminhar o ônibus para manutenção, substituindo-o por outro da reserva técnica, para fazer a próxima viagem programada. O objetivo da regra é garantir a continuidade do serviço prestado aos passageiros. Caso a norma não seja cumprida, empresa pode ser penalizada pela viagem não realizada.

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