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O que está por trás da volta da Fórmula 1 à Globo

O namoro da TV Globo pelo retorno das transmissões da Fórmula 1 vem acontecendo há alguns meses e se consolidou com o anúncio oficial na última semana. Para especialistas, além de um conteúdo mais amplificado em razão das diferentes plataformas que a Globo disponibiliza ao público, e uma equipe de reportagem maior em diferentes centros do mundo, a audiência é vista como fundamental pela Liberty Media, detentora que controla a F1.

Na Band, as médias por corridas variam entre 2 e 3 pontos, com picos que chegavam perto dos 5 pontos. Inclusive, no final do mês de junho, a emissora igualou sua melhor audiência na TV em 2025 com o GP da Áustria, com picos de 4,6 pontos. A expectativa é que, na Globo, a audiência chegue na casa dos 8 pontos, praticamente acima do dobro do que ocorre atualmente. Essa projeção tem a ver com os números que a emissora vem conquistando nas manhãs de domingo, com os programas Viver Sertanejo e Esporte Espetacular.

Em contrapartida, fica a dúvida se a ausência de um competidor brasileiro pelo título, e a presença do automobilista brasileiro Gabriel Bortoleto, que está em seu primeiro ano na disputa, podem ser suficientes para a Globo recuperar os áureos tempos de F1. Para alguns especialistas, alguns fatores levaram a essa queda de engajamento com o público brasileiro, e isso não estava atrelado somente ao fato de o país não ter um piloto brasileiro, algo que somente mudou a partir de 2025.

“A F1 se reposicionou, indo de uma competição esportiva para uma plataforma de mídia e contadora de histórias. Renovou seu público, criando um novo nicho engajado, além de se expandir por diversos canais. Se a Globo abraçar essa nova natureza multiplataforma, pode estender a cooperação de forma sinérgica, abraçando do streaming às redes sociais. É tanto sobre o legado histórico da emissora quanto um teste de fogo sobre inovação e o futuro do storytelling”, analisa Alexandre Vasconcellos, gerente regional da Flashscore no Brasil e especialista em marketing esportivo.

“A ausência de um piloto nacional teve influência direta no interesse do público brasileiro de acompanhar as últimas temporadas da modalidade, mas existem ainda outros motivos. Diferentemente de anos atrás, hoje as transmissões de TV ‘brigam simultaneamente’ com as redes sociais pela atenção do público, incluindo canais do YouTube. O retorno ao Grupo Globo pode trazer um novo gás para o alcance da modalidade, mas o desafio de se manter atraente a longo prazo se mantém”, explica Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência que oferece pacotes com hospedagem, transporte e ingressos para o GP de São Paulo.

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