Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) são os primeiros bancões na fila de divulgação de resultados importantes do segundo trimestre. Ambos tornam públicos seus números em 30 de julho, antes da abertura da bolsa de valores. De acordo com relatório divulgado na sexta-feira, 25, o Itaú BBA fez comentários sobre o que o investidor pode esperar de ambos. A análise pode servir aos investidores, afinal, papéis de bancos são sempre demandados na bolsa de valores.
As expectativas do Itaú BBA são dissonantes. No caso do Bradesco, é positiva. Mas no caso da filial do banco espanhol no país, é neutra. O relatório espera, por exemplo, que o Bradesco mantenha a recuperação de seus resultados, com o ROE chegando a 14,7%. Em linhas gerais, esta medida significa a capacidade que uma empresa tem de gerar lucro a partir do capital investido – é um indicador bastante observado pelos investidores que analisam o desempenho de instituições financeiras. No primeiro trimestre, o indicador do Bradesco foi bastante similar ao esperado pelo BBA: 14,4%. Mas haverá ganho de eficiência.
“Esperamos que a tendência de melhora no resultado do Bradesco se mantenha, sustentada principalmente por uma margem financeira líquida robusta e bons números da divisão de seguros, compensando os efeitos negativos oriundos do maior custo de financiamento e despesas gerais e administrativas mais altas”, detalha o documento. Então, a receita líquida do banco deve chegar a 32,7 bilhões de reais – e lucro líquido de 6 bilhões de reais
A expectativa do Itaú BBA para o Santander é um pouco diferente. “Esperamos que uma margem financeira líquida seja compensada por perdas na tesouraria, levando a um resultado neutro”. O ROE do banco espanhol deve ficar em 16,4%. No trimestre passado, foi de 17,4% – é portanto maior na comparação com o Bradesco, mas inferior ao próprio resultado anterior.
Mais balanços da semana
Mas a temporada de balanços não se limita aos bancões. Na semana que começa haverá divulgação de resultados por parte da Telefônica Brasil, TIM, Ambev, Gerdau e Vale. No caso da mineradora, a ação de maior peso na bolsa de valores brasileira, a expectativa gira em torno de que o lucro líquido seja de 1,6 bilhões de dólares. Com EBITDA ajustado de 3,2 bilhões de dólares.