Convocado a depor nesta quarta-feira à Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o chanceler Mauro Vieira avaliou de modo positivo a possibilidade de encontro entre os presidentes de Brasil e Estados Unidos, Lula e Donald Trump, anunciado pelo norte-americano durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, na última semana.
Segundo Vieira, a reunião entre os líderes será favorável para as relações bilaterais. Ponderou, contudo, que o Brasil não pretende misturar comércio e política no contexto das tratativas com os Estados Unidos, além de não abrir mão da “soberania” nacional.
A reunião entre os líderes, no entanto, continua sem data marcada. Inicialmente previsto para esta semana, por meio de telefonema, o encontro deverá ocorrer nas próximas semanas, com possibilidade de uma reunião presencial, de acordo com Vieira.
“Eu conversei com altos assessores do presidente Trump e ficamos de encontrar, de examinar um momento, que tanto pode ser por um telefonema, videoconferência, como um encontro em um momento específico em que ambos estejam presentes no mesmo evento internacional (…). Estamos prontos, estamos trabalhando, para saber quando será, e para estabelecer esse encontro que será em algum momento do futuro, há uma disposição dos dois lados”, completou.
Brasil e Estados Unidos entraram em guerra comercial depois de Trump anunciar tarifas de até 50% em produtos brasileiros exportados para o país da América do Norte. Uma carta assinada pelo presidente americano apontava para uma perseguição feita contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.
