Após ter sido anunciado no domingo, 3, como parte do elenco da Dança dos Famosos, no Domingão com Huck, MC Livinho precisou deixar a competição. Isso porque ele sofreu um acidente de moto e teve um trauma pulmonar no fim de julho. O cantor ficou dois dias internado na UTI, tendo alta no último dia 31. A coluna GENTE falou com o pneumologista Felipe Marinho sobre as consequências de uma lesão como essa e o tempo de recuperação.
“A perfuração pulmonar ocorrida no contexto de um acidente traumático, como uma queda de moto, sugere que houve fratura de alguma costela. Esse tipo de fratura de costela geralmente não demanda procedimentos cirúrgicos, mas durante o mecanismo do trauma essa lesão pode perfurar os pulmões, que são muito frágeis. A consequência imediata disso é o escape do ar dos pulmões, o que chamamos de pneumotórax, e se esse escape for volumoso pode colocar a vida em risco. Grandes pneumotórax necessitam de tratamento imediato para a drenagem desse ar. Quando essa drenagem é necessária, um dreno, parecido com uma mangueira, fica alguns poucos dias dentro do tórax para permitir a saída do ar e o pulmão voltar para seu lugar, cicatrizando o ferimento e corrigindo o escape de ar. No longo prazo, a recuperação completa é o que se espera e nenhum tipo especial de sequelas pulmonares devem permanecer. Apesar da rápida recuperação pulmonar, a costela fraturada no acidente pode demorar alguns meses para cicatrizar, já que nosso movimento respiratório retarda essa cicatrização. Geralmente os paciente reclamam de dor à mobilização do tórax entre dois e tres meses, que é tempo necessário para a cicatrização inicial impedir o desalinhamento do osso quebrado. Em outras palavras, o pulmão estará cicatrizado rapidamente, mas o paciente conviverá com a dor da fratura das costelas por uns meses e isso é o que traz limitação para suas atividades”.