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O que disse jogador do Palmeiras e Abel Ferreira sobre ataque ao CT

A Academia de Futebol do Palmeiras foi alvo de um ataque com bombas e rojões na madrugada deste domingo, 10 de agosto. O incidente ocorreu em meio a um clima de alta pressão e protestos da torcida alviverde, após a eliminação do clube na Copa do Brasil para o rival Corinthians. Na tarde do mesmo dia, o time enfrentou o Ceará em casa, sob vaias do público na arquibancada do Allianz Parque, mas virou e venceu a partida em 2 a 1 para apaziguar os ânimos alviverdes.

O ataque, que não deixou feridos, aconteceu por volta das 2h30 da manhã, com um grupo de indivíduos arremessando os explosivos contra o centro de treinamento. No momento da ação, atletas e demais funcionários do clube estavam concentrados no local, preparando-se para o jogo contra o Ceará pelo Campeonato Brasileiro. Imagens do circuito interno de segurança, divulgadas nas redes sociais do Palmeiras, registraram o momento do ataque, e o clube informou que as entregará às autoridades.

O técnico português foi breve antes da partida do Brasileirão: “Lamento, é só o que tenho a dizer.” Flaco López que marcou na tarde de domingo afirmou após a virada: “Pessoalmente eu acordei na madrugada com isso, acho que é uma falta de respeito. Mas assim, cada quem tem a consciência do que faz.”

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De olho no próximo jogo da equipe pela Libertadores, nesta quinta, 14, contra o Universitario, o atacante finalizou: “A gente está tranquilo, vai continuar fazendo nosso trabalho, a gente vai falar dentro do campo. Não sabemos se foi torcedor, se não for torcedor então a gente não pode falar sobre isso [o ataque ao CT]. Temos um grande jogo agora pela Libertadores, temos muita coisa para nos preocupar antes disso.

Protestos ao redor do estádio

Após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, em que o Palmeiras perdeu os dois jogos para o Corinthians (1 a 0 na Neo Química Arena e 2 a 0 no Allianz Parque), a torcida espalhou faixas de protesto no entorno do Allianz Parque. Mensagens como “Cabeça Vazia”, “Fora Abel” e “Presidente Inexistente” foram registradas, direcionando críticas ao elenco, à diretoria e ao técnico Abel Ferreira.

Antes mesmo do clássico decisivo, no dia 5, um protesto foi realizado em frente à Academia de Futebol, com um grupo de torcedores colocando cestas na rua com fotos de jogadores e de Abel Ferreira, pedindo “faca nos dentes” para a decisão e questionando a performance do time. Durante a partida de volta da Copa do Brasil, as críticas já começaram antes do apito final, lideradas pela principal torcida organizada do clube, Mancha Verde, com xingamentos generalizados.

Faixa de protesto da torcida palmeirense:
Faixa de protesto da torcida palmeirense: “Presidente inexistente, diretoria incompetente. Fora Abel”X/Reprodução
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Faixa em frente ao CT da Barra Funda:
Faixa em frente ao CT da Barra Funda: “Cabeça quente, faca nos dentes”X/Reprodução
Faixa de protesto da torcida palmeirense:
Faixa de protesto da torcida palmeirense: “Cabeça vazia, fralda cheia, time cagão!”X/Reprodução

Em resposta ao ataque no CT, o Palmeiras divulgou uma nota oficial, classificando a ação como um “atentado terrorista”. O clube garantiu que registrará boletim de ocorrência e colaborará com a Polícia Civil para identificar e punir os responsáveis. A diretoria do Palmeiras afirmou que “não se intimidará diante dos atos violentos praticados por um grupo de criminosos” e lamentou que o futebol esteja se transformando em um “ambiente cada vez mais tóxico”, onde a paz está sob risco permanente. Vale ressaltar que o Palmeiras já havia reforçado as medidas de segurança nos portões da Academia de Futebol no início de agosto, após uma invasão de torcedores organizados.

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O ex-jogador do Palmeiras, Michel Bastos, comentou sobre o ataque no CT, descrevendo os envolvidos como “uma minoria” e “marginais”, e reiterou: “Isso não é protesto, é atentado.” A Mancha Verde, a maior torcida organizada do Palmeiras, tem uma relação rompida com a diretoria do clube e um histórico de conflitos, tendo sido banida de estádios paulistas em ocasiões anteriores devido a atos violentos.

Antes da partida do Brasileirão contra o Ceará, uma nova faixa foi estendida em frente ao estádio na rua Palestra Itália com o escrito: “Paciência é o cara***! Acabou a paz.” A frase é uma resposta a fala da presidente do clube, Leila Pereira que pediu paciência aos torcedores afirmando que “Precisamos de um certo tempo para que as coisas comecem a andar como desejamos”.

SAO PAULO, BRAZIL - AUGUST 10: (EDITOR'S NOTE: Image contains profanity.) Palmeiras fans' banner in front of Allianz Parque in protest against their team before the Brasileirao 2025 match between Palmeiras and Ceara at Allianz Parque on August 10, 2025 in Sao Paulo, Brazil. (Photo by Ricardo Moreira/Getty Images)
Faixa de protesto em frente ao estádio PalmeirasRicardo Moreira/Getty Images
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Polêmica dentro de campo

Se fora dos gramados a relação com o torcedor está estremecida, a equipe de Abel Ferreira buscou responder às críticas jogando bola. Contra o Ceará, o Palmeiras viu o precipício se aproximar quando Lourenço abriu o marcador aos seis minutos do segundo tempo para o Vozão. Sob vaias no começo do jogo, os torcedores na tarde gelada de Dia dos Pais no Allianz Parque comemoraram o empate de Flaco López de pênalti aos 22 minutos da metade final. No apito final, aplaudiram o time depois da virada em 2 a 1 com gol de Vitor Roque, apesar de estar longe do melhor futebol do elenco comandado pelo português.

A equipe cearense chegou às redes do goleiro Weverton mais uma vez, porém, o gol foi anulado pelo VAR, no limite da linha de impedimento. Aylon, autor do tento, afirmou após a derrota: “Pode ser que esteja um pouco impedido, mas essa linha que traça a gente não consegue ter uma certeza.” 

O treinador do Vozão, Léo Condé seguiu o raciocínio: “Agora o lance do impedimento é do VAR. Acho que ano que vem vai ser mais preciso com nova tecnologia. Esse lance muito ajustado a gente sempre fica se questionando. No decorrer do jogo, a arbitragem pressionou nosso goleiro no primeiro tempo, não viemos para fazer cera, ele realmente tinha machucado. Não vamos transferir o nosso resultado para arbitragem. Isso a diretoria com mais calma vai fazer.

Abel Ferreira, se identificou com o lance depois de passar por situação similar no jogo de ida da Copa do Brasil contra o rival paulista: “É verdade, contra o Corinthians eu reclamei que o VAR é arcaico, se calhar, hoje nosso adversário pode falar o mesmo.”

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