A goleada de 4 a 0 do PSG para cima do Real Madrid não deixou dúvidas: a equipe francesa fez valer o título de campeã da Europa e tiraram de vez os seus antecessores do trono. A imprensa internacional repercutiu o resultado da semifinal que despachou os espanhóis de volta para casa sem troféus na temporada, enquanto a equipe de Luis Enrique pode levar todos os títulos que disputou.
Os periódicos espanhóis não pouparam críticas. O As definiu a equipe madrilenha como “um fantoche nas mãos do PSG”. O jornalista Sérgio López expôs estatísticas dos dois times que escancaram a diferença na semifinal: “Sete jogadores do PSG (sete!) deram mais passes que o artilheiro do Real Madrid.” O autor segue a informar que o jogador dos blancos que mais deu passes foi o volante Tchouameni, com 39 passes, enquanto o meia do time francês, Vitinha, deu 105 passes.
O Marca colocou que os “erros de Asencio e Rüdiger arruinaram a partida antes dos 10 minutos”. José María Rodríguez teceu elogios ao adversário que beira perfeição: “O posicionamento, a precisão, a movimentação, a harmonia… A superioridade avassaladora do PSG abriu caminho para a goleada.”
Do lado francês, o L’Equipe soou como se não tivesse surpresa no atropelo e foi cirúrgico na cobertura do 4 a 0: “Como o PSG se aproveitou das falhas do novo Real Madrid fora da bola.” O jornal descreveu que a equipe do recém chegado Xabi Alonso caiu por terra.
Para o Le Parisien não faltou ironia e provocação aos antecessores campeões da Europa. Em referência ao apelido do elenco dos galácticos do início dos anos 2000, o portal brincou: “Paris é mágico, Paris é galático!”. O atraso do início da partida também virou motivo de chacota: “O pontapé inicial foi atrasado em 10 minutos, e é possível que os espanhóis nunca tenham chegado ao estádio.”
O português A Bola definiu como uma “humilhação em Nova Jérsei”, e o seu compatriota Record definiu o jogo do Real Madrid como uma “missão suicida”, pelas escolhas do técnico espanhol Xabi Alonso. O ex-jogador merengue não tinha a sua disposição o zagueiro Huijsen, que apesar de também recém-chegado no clube, já ganhou a titularidade e é essencial na construção de jogadas, o que Asencio e Rudiger são bastante defasados. A escolha por três atacantes, Mbappé, Gonzalo García e Vini Jr. também expôs o meio campo que ficou livre para o PSG ser dominante. Os periódicos também destacaram a comemoração do gol marcado pelo português Gonçalo Ramos em homenagem ao falecido colega de seleção Diogo Jota.
O jornal italiano Gazzetta dello Sport afirmou que “deveria ter sido a verdadeira final da Copa do Mundo”. Fabio Licari, no entanto, escreveu que o jogo lembrou a final da Champions, em que o PSG também não deixou a Inter de Milão jogar e aplicou um 5 a 0 histórico. “Foi como a final da Liga dos Campeões: ali, uma “bola de cinco pontos” para a Inter, aqui um humilhante 4 a 0 para os espanhóis.”
O canal britânico de esportes, Sky Sports, projetou para o futuro dos blancos de Xabi Alonso após o golpe. “O desafio é deixar para trás o fim embaraçoso de sua campanha no Mundial de Clubes, enquanto se preparam para a vida após o veterano meio-campista Modric.” O croata deixa o clube após 13 anos, e 28 títulos, rumo ao Milan da Itália.