A pendenga em torno da herança deixada por Zélia Gattai e Jorge Amado se arrasta há quase duas décadas, desde que o casal de escritores morreu. Dia sim, dia não, se escreve um novo capítulo na batalha que põe de um lado do ringue a caçula Paloma Amado, 74 anos, à frente da fundação que leva o nome do pai, em Salvador, e do outro, as três filhas de seu meio-irmão mais velho, já morto. Paloma conta que elas vivem aparecendo no local para cobrar os direitos autorais de obras que marcaram a literatura nacional e o lucro proveniente de adaptações para o cinema e para a TV. Paloma bem que tentou abreviar a briga. “Cheguei a oferecer um acordo, mas cada uma pediu 9 milhões de reais, o que é absurdo”, diz a também escritora, que lamenta os contornos tomados pelo processo. “Isso me tira do sério, me faz ter pesadelos e chorar muito”, desabafa.
Com reportagem de Giovanna Fraguito
Publicado em VEJA de 15 de agosto de 2025, edição nº 2957