Logo que iniciou seu voto nesta quinta-feira, 11, no julgamento da trama golpista idealizada por Jair Bolsonaro e aliados, Cármen Lúcia citou o poema Que país é este? de Affonso Romano de Sant’Anna (1937 – 2025). “Outro dia, um amigo querido, Afonso Borges, me levou a reler e pensar sobre uma grande obra… e ali, o autor poetava em sofrimento. Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento… Este é o país do descontínuo, onde nada congemina”, disse a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o voto de Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF formou maioria para a condenação do ex-presidente e os outros sete réus por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. O placar atual é de 3 a 1, sendo Luiz Fux o único que absolveu Bolsonaro de todas as acusações.